Como vai passar o Natal este ano?

O meu Natal é sempre passado em Portugal. Mesmo quando os meus filhos viviam no estrangeiro, juntávamo-nos todos cá. Antigamente celebrávamos em casa dos meus avós, depois em casa da minha mãe e, ultimamente, na minha própria residência. Este ano vai ser em casa da minha filha ou do meu irmão, porque vivo num apartamento demasiado pequeno para poder receber toda a família. Somos 30 pessoas à mesa.

Como são as tradições?

São as tradições de todos nós. Na véspera de Natal, o bacalhau. Nos últimos anos já não temos cumprido a tradição do bacalhau cozido com couves, grão e ovos. Temos optado por bacalhau feito de outras formas, no forno ou com natas, que pode ficar pré-feito de véspera e é mais prático. 

Qual é a sua iguaria favorita?

Os doces conventuais. Todas aquelas coisas que não posso comer… Os fritos, esses, tento evitá-los porque me custa ir para o ginásio todos os dias e, depois, é engordar, engordar…

O que não pode faltar à mesa?

O bolo-rei da pastelaria Garrett, no Estoril, que é o melhor do mundo. Sou sempre eu, desde que me conheço, que o compro. Mesmo quando o Natal era em casa dos meus pais.

Das 30 pessoas com quem passa o Natal, qual é a mais difícil de satisfazer em matéria de prendas? 

O meu neto Pedro. Tem tudo. Só não tem a Playstation 4 que custa uma pipa e francamente, neste momento, não devo gastar tanto. Tenho sabido gerir a minha vida muito bem, portanto, vou convencê-lo a ter um presente de preço mais moderado.

E para a Lili, qual seria a melhor prenda este ano?

É um cliché, mas é verdade… Gostava que as pessoas em Portugal começassem a sorrir mais e a serem mais solidárias. A perceber que há pessoas que precisam de nós, mas também que há pessoas tão pobres, tão pobres, que só têm dinheiro. Essas são as mais infelizes!