Foi no dia 4 de julho de 2007, aos 71 anos, que Henrique Viana partiu. Um cancro levou a vida a um dos emblemáticos atores portugueses, que pisou o palco pela primeira vez, como amador, na Sociedade Guilherme Cossoul, tendo integrado no elenco da peça ‘Amanhã há Récita’, de Varela Silva, em 1956.

Em 1959 inscreveu-se no Conservatório Nacional mas não acabou o curso de Teatro, uma vez que foi convidado por Amélia Rey Colaço a integrar a companhia do Teatro Nacional D. Maria II.

Teve uma vida recheada de trabalhos no mundo da representação e deu vida a várias personagens na televisão nacional, como em ‘Chuva na Areia’ (1985), ‘Camilo na Prisão’ (1998), 'Inspector Max' (2005) e ‘Morangos com Açúcar de Verão’ (2006).

No cinema, estreou-se em 1962 no filme 'Aqui há fantasmas', sob a direcção de Pedro Martins.

O seu último trabalho foi no filme ‘O Julgamento’, de Leonel Vieira, uma longa metragem que estreou no mesmo ano em que partiu.

Para assinalar os dez anos em que o mundo da representação perdeu um dos seus grandes atores, o Fama ao Minuto esteve à conversa com Ruy de Carvalho, que o recorda com “muita saudade”.

“Era um colega muito bom, com muita qualidade. Um belíssimo ator. É uma pena ter partido tão cedo. Faz-nos muita falta. É mais uma grande perda do teatro português. O Henrique Viana fica para sempre marcado no nosso teatro e no nosso espetáculo”, disse.

Segundo Ruy de Carvalho, Henrique Viana era uma pessoa “muito bem disposta, muito alegre”. “Era um colega extraordinário”, remata.