Menos de duas semanas após o funeral de George Michael, que teve lugar a 29 de março, mais de três meses após a sua morte, várias centenas de ativistas dos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT) juntaram-se na zona florestal de Hampstead Heath, em Inglaterra, um dos locais de engate preferidos do cantor, para recordar e homenagear o intérprete de êxitos globais como «Faith», «Praying for time» e «I want your sex».

A iniciativa serviu também para assinalar o 50º aniversário da descriminalização parcial da homossexualidade, que teve lugar em 1967. «Ele, atualmente, era [uma pessoa] muito importante para a comunidade LGBT por causa do que representava na [nossa] luta pela libertação sexual», justifica Dan Glass, um dos responsáveis da Queer Tours of London, um operador turístico que organiza visitas temáticas para pessoas LGBT e heterossexuais curiosos.

O evento teve lugar poucos dias antes de alguma imprensa britânica mostrar, pela primeira vez, a campa do cantor. George Michael foi enterrado, depois de cremado, no Cemitério de Highgate, no norte de Londres, em Inglaterra, onde pode agora, depois de removidas as barreiras de proteção metálicas que a protegiam, ser vista uma cruz de cimento ladeada de vários vasos com flores brancas.

Entretanto, fonte próxima do cantor disse ao tabloide britânico The Sun que a família está a planear vender a casa de Goring-on-Thames, no sul de Oxfordshire, onde o intérprete de «Older» e «One more try» foi encontrado morto pelo companheiro, o cabeleireiro Fadi Fawaz, no passado dia 25 de dezembro. Uma relação que nunca foi vista com bons olhos pela família do também produtor e compositor de origem grega e cipriota.

Texto: Luis Batista Gonçalves