A atriz Andreia Dinis não se lembra de alguma ter acreditado no Pai Natal mas adora as tradições desta quadra festiva, principalmente desde que nasceu a sua filha. Mas não gosta de exageros. Lá em casa, as prendas da pequena Flor são divididas por dois dias para que a menina possa aproveitar melhor cada momento.

Em tempo de crise, este Natal vai ser mais contido?

Não somos, de todo, muito consumistas e, portanto, não haverá, nem nunca houve, um exagero. Quando há crianças a contenção é difícil e acabamos por cair no consumo em extremo. Os miúdos estão a acabar de desembrulhar uma prenda, ainda nem viram o que é e já estão a passar para a seguinte… Já não há aquele vibrar com cada prenda como quando eu era miúda.

Como faz com a sua filha, Flor, de 3 anos?

Quero contrariar isso com a Flor, quero ver se ela aproveita mesmo cada momento. Por isso, não ponho as prendas todas ao mesmo tempo. Deixo-a abrir algumas prendas no dia 24 e depois deixo as restantes para o dia 25, para prolongar um bocadinho esse momento delicioso para as crianças.

Qual é o elemento da família para quem lhe é mais difícil para encontrar uma prenda?

O Daniel, o meu marido. Ou se cai no básico de oferecer uma peça de roupa, ou então, se queremos ser um bocadinho originais, é sempre difícil.

Mesmo sem ser no Natal, nos aniversários, por exemplo, também é difícil…

É! (risos). Queremos sempre oferecer alguma coisa diferente. Uma vez ofereci um voo acrobático que ele queria fazer e não estava à espera. Um Natal ofereci-lhe uma viagem à neve porque os amigos iam. A Flor era muito bebé e o Daniel não queria ir. Mas eu fiz questão e ele acabou por ir. Mas lá está, são prendas originais difíceis de conseguir igualar.

E agora, como é que vai conseguir superar o nível dessas prendas tão originais?

É verdade! Mas agora também estamos um bocadinho mais contidos, porque a nível económico o panorama está um bocadinho mais negro…

E o que é que a Andreia gostaria de receber este Natal?

Irreal ou realista? (risos). Irreal adorava receber a nova carrinha Seat Leon, que acho que era o ideal para a família e para as estradas todas. Realista… gostava de uma viagem à neve!

É fã dos desportos de neve?

Somos os dois, eu e Daniel. E desde que a Flor nasceu fomos uma vez, o ano passado, num fim-de-semana grande. Este ano queremos fazer uma escapadinha outra vez. Somos grandes fãs de “snowboard” e queremos aproveitar uns dias para ir limpar a cabeça e namorar um bocadinho, que também faz parte.

E quanto às tradições, o que é que não pode faltar no seu Natal?

Não pode faltar a família reunida, que é o mais importante. Depois, na noite da consoada, tem de ser o bacalhau com couves.

Há alguma iguaria que não dispense?

Não sou muito de doces, mas sou fã de frutos secos, que nesta altura até parece que sabem melhor. Adorava os doces de abóbora que a minha mãe fazia mas, infelizmente, ela já cá não está.

Recorda-se do dia em que deixou de acreditar no Pai Natal?

Não e não sei se alguma vez acreditei… Lembro-me de ser miúda e de saber onde os meus pais escondiam as prendas e de lá ir tentar descobrir o que me iam oferecer.