David Bowie nunca quis ser apenas um mero artista, mas sim uma verdadeira estrela. Esta seria a única forma de não voltar à miséria por que tinha passado em criança.

“Via pessoas desfavorecidas à minha volta e crianças que iam para a escola com sapatos rotos, crianças pobres. Isso afetou-me de tal forma que pensei que nunca iria passar fome ou estar do lado errado da sociedade”, terá dito o artista numa entrevista com Dylan Jones, ex-diretor da edição britânica da revista GQ e autor da próxima biografia do cantor, ‘David Bowie: A Life’.

“O David Bowie era a sua própria criação, a sua própria obra de arte (…) Toda a sua carreira profissional era um mito, uma lenda, uma invenção”, afirmou o autor da obra que conta com testemunhos de mais de 180 pessoas.

Dylan afirma que descobriu coisas que aconteceram nos anos 70 e que o surpreenderam. “As suas extravagâncias sexuais e narcóticas tornam os Rolling Stones meros amadores”, garante. Por exemplo, Dana Gillespie, uma artista que se envolveu com Bowie ainda na adolescência, adianta que era traída pelo artista, que se envolvia tanto por homens como por mulheres.

Mas os pormenores sobre a vida sexual de Bowie não se ficam por aqui. Consta que chegou a envolver-se com mais de mil mulheres. É o caso Lori Mattix, que perdeu a virgindade com o cantor aos 15 anos. Aventureiro, David tinha apenas um limite: nunca fazer sexo com um cadáver.

Entre as histórias mais impressionantes do cantor é revelada uma vivida ao lado de John Lennon. Numa viagem a Hong Kong, os artistas procuraram um restaurante para provar iguarias e acabaram num com Lennon a beber sangue de serpente e Bowie metendo à boca um ovo com mil dias cozinhado em urina de cavalo.

O livro deverá ser publicado ainda este outono.

De recordar que o artista morreu em janeiro do ano passado