A “socialite” Maria das Dores, que cumpre uma pena de prisão de 21 anos em Tires, acusada de ter encomendado a morte do marido, o empresário Paulo Cruz, vai ser testemunha do excêntrico filho, acusado de burla qualificada e falsificação de documentos.

Sobre David Motta recai a acusação de ter “roubado” o próprio pai, José António Ambrósio, em mais de 125 mil euros, para com esse avultado montante comprar roupas de marca, malas e outros acessórios de Moda.

Diz o ditado que uma desgraça nunca vem só. Depois da mãe, é a vez desta excêntrica figura do nosso “jet-set”, um “fashion-victim” de gema, se sentar no banco dos réus.

Segundo a acusação, deduzida pelo Ministério Público, o caso remonta a Julho de 2006, quando David Motta pediu ao pai, primeiro marido de Maria das Dores, uma assinatura como fiador num empréstimo no valor de 4 mil euros. Dinheiro, esse, que teria sido solicitado pelo jovem à Caixa Geral de Depósitos, a fim de frequentar um curso nos Estados Unidos. 

José António Ambrósio confiou no filho e, de boa vontade, juntou uma cópia do bilhete de identidade e do cartão de contribuinte a um documento em branco assinado por ele. Foi o suficiente para que David Motta, alegadamente, conseguisse movimentar a conta à ordem do pai.

O Ministério Público acusa o arguido de ter ordenado transferências no valor total de 125 mil euros para duas das suas contas. E agora, o jovem Motta arrisca-se a uma pena de prisão que pode ir até 11 anos.