Identificada como um símbolo sexual há 40 anos, desde que conquistou a coroa de Miss Brasil 1969, a actriz Vera Fischer faz revelações surpreendentes no seu novo livro autobiográfico "Um Leão por Dia".

Esta semana, numa entrevista ao site "Quem Acontece", a actriz de 57 anos, actualmente na TV com a personagem Chiara na novela "Caminho das Índias", explica que quis fazer "um livro bonito, que não tivesse maldade nem ódio ou rancor das pessoas". E abre o coração...

Com a devida vénia, eis algumas passagens dessa entrevista:

AMOR E SEXO - "Há dois anos que não faço sexo. Não me importa, não sinto falta. Tem que amar. (...) Na verdade, eu também nunca fui muito sexual. Nunca fui muito de transar, mesmo quando era casada e quando era jovenzinha. Tudo o que falavam de mim, de ser símbolo sexual, na verdade era o contrário..."

HOMENS - "Só tive dois homens que eu amei realmente na minha vida e que foram o Felipe (Camargo, seu segundo marido e pai de seu filho Gabriel) e o Perry (Salles, seu primeiro marido, pai de sua filha Rafaela)."

VIOLÊNCIA - "Foram muitas as brigas com Felipe Camargo. Um batia no outro. A gente se batia de tapa, jogávamos umas coisas, uma vez joguei um cinzeiro. Outra vez, ele quebrou o meu braço. Uma vez, ele foi parar ao hospital. (...) Cortei o Felipe com vidro, porque ele quebrou o meu braço. Como eu sou mais forte, as pessoas vieram em cima de mim. Mas isso é passado..."

LOURA BURRA - " Aos 17 anos eu era a intelectual que usava óculos graduados e gole rulê e, de uma hora para a outra, virei miss. Veio com o pacote: loura, burra, canastrona, puta, que faz pornochanchada. E me apelidaram de símbolo sexual. Foi o primeiro grande choque. Depois, sofri de novo com o Felipe (Camargo). A gente se amava muito, mas a gente brigava muito. Tinha a droga no meio..."

DROGA - "Só consumi cocaína. E comecei velha, com 36 anos. (...) Todo o mundo cheirava e oferecia. Era muito fácil. Eu ia às festas, às boîtes e achava óptimo cheirar. Eu dançava muito, ficava alegre, por isso eu cheirava. (...) Parei sozinha, quando quis. (...) Foi quando perdi o Gabriel ( o seu filho em comum com Felipe Camargo). Aí, eu parei e, hoje em dia, bebo só vinho tinto e champanhe."

SOLIDÃO ? - "Sou uma óptima companheira de mim mesma. Mas não duvido que vá pintar ainda o amor da minha vida. Acho que é uma pessoa igual a mim, só que homem. Deve estar em algum lugar deste planeta, esperando uma mulher como eu. Se estiver, vou encontrar..."