Desde que se conheceram na série televisiva “Morangos com Açúcar”, em 2004, Cláudia Vieira e Pedro Teixeira são dos casais que mais atraem as atenções dos jornalistas. E não têm grandes razões de queixa da Imprensa, como a atriz revela nesta conversa com o Sapo Mulher.

É complicado separar a vida pública da vida privada?

É difícil, mas julgo que eu e o Pedro (Teixeira) conseguimos um equilíbrio entre as duas coisas. Há uma parte que temos o cuidado de controlar.
Evitamos, por exemplo, abrir a porta de casa e expor a nossa filha (Maria, de 3 anos) e a nossa família. Em contrapartida, compreendemos a curiosidade de muitas pessoas que nos vêm acompanhando desde o início do namoro e que se interessam por nós.

Nota-se que a vossa filha está no centro desse cuidado, mas ao mesmo tempo falam dela com muita naturalidade. Será esse o segredo?

Sim. Tentamos que as pessoas que nos vêem na TV sintam que temos uma vida normal, como qualquer uma delas. Pessoas de verdade, com o nosso trabalho, a nossa família, as mesmas dificuldades de toda a gente, os mesmos dilemas… Somos pessoas comuns. Não temos apenas o lado do glamour, da beleza e das coisas positivas. Isso é o que dá mais nas vistas, até porque a componente profissional corre-nos bem, mas nem tudo são rosas. Há, naturalmente, coisas que não expomos.

Já sentiu alguma vez que a Imprensa tivesse ido longe de mais na divulgação da vossa privada?

Já. Houve uma ocasião em que uma revista tentou falar um pouco sobre a vida dos meus pais e fiquei muito ofendida porque sempre os preservei. Não faz sentido que os jornalistas enveredem por tais caminhos, porque quem trabalha em televisão sou eu e não os meus pais ou os meus irmãos.
Senti-me incomodada, mas só aconteceu uma vez. De resto e de uma forma geral, sinto-me muito respeitada pela Imprensa.

O que a incomoda mais neste lado da fama?

Incomoda-me ver fotos minhas a sair de casa porque parece que estou a ser vigiada… É um incómodo que tem resultado apenas em coisas mais ou menos ligeiras, do tipo “A Cláudia leva a filha à escola”, “Passeia o cão” ou “Faz reciclagem”, mas não gosto de viver como se tivesse um foco permanentemente apontado para mim.

Como consegue superar esse desconforto?

Julgo que, de alguma forma, sempre soube lidar muito bem com isso porque não deixo de fazer as minhas coisas. Não deixo de fazer as minhas compras, de passear o meu cão, de despejar o lixo. E nem sequer tenho a preocupação de sair de casa com um visual perfeito.