A escritora britânica JK Rowling, autora da saga Harry Potter, revelou que chegou a admitir suicidar-se, em 1993, quando se separou do seu primeiro marido, o jornalista português Jorge Arantes. Sem dinheiro e com uma filha para criar, entrou em depressão e quase bateu no fundo.

Numa confissão publicada numa revista universitária de Edimburgo, Rowling contou que, após o divórcio, se viu completamente perdida, como uma bebé, Jessica, nos braços e sem meios de sustento. Graças a um amigo, que lhe emprestou 600 libras, conseguiu alugar um pequeno apartamento naquela cidade escocesa, onde começou a escrever as aventuras do menino bruxo que mais tarde a fariam multimilionária.

"Aos vinte e poucos anos, as circunstâncias da minha vida eram precárias e, realmente, afundei-me", contou Rowling. "O que me levou a procurar ajuda - acrescentou -, foi a minha filha. Ela mantinha os meus pés no chão. Aquilo não estava bem, ela não podia crescer comigo naquele estado. E não estou a falar de simples tristeza, estou a falar mesmo de pensamentos de suicídio..."

Segundo Rowling, foi uma médica de família que a salvou, "sem dúvida alguma". E hoje, a escritora afirma que nunca se envergonhou de ter estado tão deprimida: "De que teria de envergonhar-me? Superei uma etapa muito dura e estou bastante orgulhosa por tê-lo conseguido".

Quinze anos depois dessa grave crise, JK Rowling é uma das mulheres mais ricas do mundo, com uma fortuna avaliada pelos peritos do jornal "The Sunday Times" em 692 milhões de euros. Os sete livros da série Harry Potter venderam 400 milhões de exemplares e foram traduzidos para mais de 70 idiomas.