Após Bárbara Norton de Matos ter ‘criticado’ a atitude de um polícia que a multou no início da semana, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, usou a sua página do Facebook para responder à atriz.

De acordo com o que autarca escreveu, a história não corresponde “de todo à verdade no que se refere ao alegado comportamento impróprio do Agente da Polícia Municipal”.

“A intervenção policial insere-se na resposta às múltiplas reclamações que nos chegam relativamente ao estacionamento abusivo em frente às escolas, pondo em causa a segurança dos utentes das vias e em especial dos próprios alunos, ocupando inclusive os lugares de paragem exclusivos para os veículos de transporte de crianças expressamente sinalizados para o efeito”, disse.

Carlos Carreira conta que o carro da atriz estava estacionado, “sem ninguém no interior, num local destinado em exclusivo à paragem de veículos de transporte de crianças, devidamente sinalizado como tal, estando nesse momento um miniautocarro de transporte de crianças parado na faixa de rodagem a aguardar a oportunidade para estacionar corretamente nesse local”.

Quando o polícia estava a passar a multa, Bárbara, que estava acompanhada pelo pai, saiu do café e “dirigiu-se ao Agente da Polícia Municipal em modos agressivos e impróprios, tendo-lhe mesmo chamado ladrão”. De seguida, sem prévio consentimento, fotografou o Agente em pleno exercício das suas funções enquanto dizia ‘Já está! Vai já para o Facebook!’”, acrescentou.

Mas não ficou por aqui. “Após o aviso da contraordenação ter sido colocado no para-brisas da viatura, o pai da condutora retirou-o desse lugar e, ostensivamente, rasgou-o em vários pedaços, tudo isto na presença de várias pessoas”. No entanto, “o agente da Polícia Municipal optou por não reagir aos insultos continuando a desempenhar a sua missão de forma serena e educada”.

“No momento em que iniciou a elaboração da informação era desconhecida por completo qual o estado da condutora, sendo que após ter iniciado esse procedimento este terá que prosseguir obrigatoriamente os seus termos até decisão final da ANSR, tendo a condutora ao seu dispor os meios de defesa previstos no Código da Estrada”, relata.

Assim sendo, “não faz sentido que se qualifique como indiferença e desprezo o facto de o agente não ter reagido aos insultos que lhe eram dirigidos e que, conforme a lei o obriga, tenha continuado a elaborar a informação como é seu dever”.

“Acresce de que há testemunhas de que a condutora e o seu pai se encontravam calmamente dentro do café e foram alertados pela situação que estavam a provocar no exterior e continuaram a assistir calmamente até que apareceu o Agente da Policia Municipal.

Cada cidadã, ou cidadão, não têm mais direitos ou menos obrigações, caso tenham mais ou menos notoriedade pública por via das suas profissões”, lê-se.