Numa semana em que a sua barriguinha de grávida faz a capa de inúmeras publicações em todo o mundo, Angelina Jolie escreve no jornal "The Washington Post" um artigo sobre o drama dos refugiados do Iraque.

Recém-chegada de uma visita a Bagdad, a actriz e embaixadora de boa vontade das Nações Unidas suplica à comunidade internacional que ajude os milhões de refugiados criados pela guerra.

Angelina Jolie põe em cima da mesa números que políticos e jornalistas têm tendência para deixar na gaveta. Sublinha que os refugiados iraquianos são 4, 5 milhões e que, destes, dois milhões estão deslocados dentro do seu próprio país, onde sobrevivem como podem, na sua maioria alojados em edifícios abandonados ou em mesquitas. Pior ainda: mais de metade deles "são meninos menores de 12 anos".

Além disso, pelo menos 2,5 milhões de pessoas abandonaram o Iraque desde o início da guerra, vivendo refugiados em países limítrofes como a Síria e a Jordânia. Escreve Jolie: "Mas esses países chegaram ao seu limite e decidiram fechar as fronteiras até que a comunidade internacional lhes forneça ajuda para manter toda aquela gente".

Finalmente, Angelina Jolie recorda que o Alto Comissariado das Nações Unidas solicitou 261 milhões de dólares para minorar o drama, "menos do que os Estados Unidos gastam na guerra do Iraque num só dia".