Ana Garcia Martins é uma das sortudas que já viram o filme mais aguardado do ano, “50 Sombras de Grey”, que hoje, 12 de fevereiro, estreia em Portugal, mas “não adorou…”.
A autora do blogue “A Pipoca Mais Doce” escreveu uma crónica no site “New in Town”, onde apresenta sete razões para não se gastar “seis ou sete euros” para ir ver o filme estrelado por Jamie Dornan e Dakota Johnson.
Diz Ana Garcia Martins, em resumo:
. O enredo do filme “dificilmente teria tradução na vida real”.
. “Tanto Jamie Dornan como Dakota Johnson são actores sofríveis (ela um bocadinho menos) e tudo flui de forma muito mecânica e pouco natural”.
. Anastasia Steelle (Dakota Johnson), “sonsa e sempre indecisa”, é o tipo de personagem “a quem apetece dar chapadas”.
. “Ele não é melhor. Num minuto é o durão que não quer festas, abraços ou idas ao cinema, no outro é o ciumento controlador que faz uma cena porque a namorada vai passar uns dias a casa da mãe”.
. “Os diálogos são pobrezinhos, talvez para se manterem fiéis à escrita de E.L.James. Por exemplo, a famosa fase de Mr.Grey: “Eu não faço amor, eu fodo a sério”. Poesia. Pura poesia”.
. “Quem vai à espera de sexo à bruta pode ir tirando o cavalinho da chuva. Tem os seus episódios, claro que sim, mas o filme puxa muito mais pela tensão romântica do que pela outra te(n)são. Não há pilinhas, não há pipis, não há orgasmos. Ainda querem ir?”
. “O mesmo para o sado-maso. Tudo muito soft quando comparado com o livro. Umas algemas aqui, umas conversas sobre vibradores ali, mas... não há disso em todas as casas? Para além disso, à sexta chibatada no rabo já Anastasia chora baba e ranho e acusa o namorado de ser um mauzão. Bambi”.
Mas nem tudo é mau e Ana Garcia Martins ainda consegue encontrar algumas virtudes no filme: a banda sonora, os abdominais e o closet de Mr. Grey, o rabo e a franja de Dakota Johnson e, finalmente, o sexo, “apesar de pouco”.
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