A Associação SORRIR tem como missão promover e salientar a importância de sorrir para a saúde, não pela ausência de doença, mas enquanto bem-estar físico, mental e emocional.

O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.

Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Conheça a história de Rúben Rua.

O que é que o faz sorrir?

Rúben Rua: Eu acho que sou uma pessoa naturalmente feliz. Tenho a noção de que sou um felizardo, porque até hoje tive uma vida feliz com muitas pessoas boas ao meu lado. Não é difícil sorrir e agradecer a deus e a todas as pessoas que contribuíram para o meu sorriso. Sou muito chegado à minha família, que me tem dado “muito”. Se calhar esse “muito” é pouco para descrever o que me têm dado e na realidade têm-me dado “tudo”. A minha família, amigos e trabalho fazem-me sorrir. Sinto que sou um felizardo. Tenho saúde e tudo o resto é possível e conquistável. Tive uma infância e uma juventude feliz. Consegui formar um puzzle bonito. Valorizo muito aquilo que tenho hoje, que é algo que os portugueses não fazem muito.

O que é que falta aos portugueses que não valorizam o que têm?

Rúben Rua: Existem pessoas que não têm vidas fáceis, mas no mundo inteiro existem histórias dramáticas. Eu tenho muito orgulho em ser português. Esse sentimento foi crescendo na minha vida, porque quando era mais novo queria sair de Portugal. Durante os anos que estive fora (entre os 19 e os 24 anos) valorizei o meu país, aí a minha perspectiva mudou. Portugal tem qualidade de vida, muito para oferecer, bom clima, boa gastronomia. Ainda assim acho que a mentalidade portuguesa não acompanha as condições que temos no nosso país.

É o fado?

Rúben Rua: Com todo o respeito pelo fado, que até gosto, é uma música triste, nostálgica, que nos deixa agarrados ao passado. Em Portugal  existe uma tendência para as pessoas se acomodarem. Existe uma minoria da população que se supera. Um dos melhores exemplos disso são os Portugueses que emigram e conseguem singrar além-fronteiras.

É preciso saírem de Portugal para serem reconhecidos no nosso país?

Rúben Rua: Isso é um clássico, mas acho que não.  De qualquer forma, a maioria da população acomoda-se, ganham x por mês e isso chega. E depois é aquela conversa de “isto está mal”. Acomodamo-nos com o bom e com o mau. Não procuramos o “muito bom” e com o mau acham que “melhores dias virão”, quando na realidade temos de fazer para que melhore.

O que é o “muito bom” para si?

Rúben Rua: Para mim é fundamental ter uma família sólida e bons amigos, porque ninguém é feliz sozinho! Além de um trabalho que me faça sentir preenchido.

“A felicidade só é real quando é partilhada”?

Rúben Rua: Concordo totalmente com isso. Ninguém é feliz sozinho numa ilha deserta, precisamos uns dos outros. É preciso existirem pessoas que partilhem e acompanhem as tuas conquistas e as derrotas.
Sou ambicioso, não sou ganancioso. As pessoas confundem as duas coisas. Todos os dias esforço-me para ser o melhor que eu posso ser.

Então ficou feliz por ser considerado o homem mais sexy de Portugal?

Rúben Rua: (risos) É o tipo de reconhecimento que é bom para o ego, mas tive outras vitórias na minha vida. A primeira viagem aos 19 anos não foi fácil. Aos 18 anos tinha o percurso normal de qualquer jovem, entrei na faculdade no Porto, em Gestão, era o curso que queria. Jogava andebol há 5 anos. Depois aos 19 anos parei o curso, peguei na mala e fui para Paris, depois viajei durante os 5 anos seguintes. Fui sozinho, dormi numa casa onde não tinha quem me fizesse as coisas. Mas eu queria ser modelo, as portas foram-se abrindo. As coisas não caem do céu e em Portugal as pessoas acham que “o que tem de ser, será”. Se ficar em casa não é o destino que vai moldar a minha vida. A melhor sensação é a de lutar por aquilo que posso ser. Às vezes damos o nosso melhor e as coisas não acontecem. Até hoje sinto que tomei as opções certas. Neste momento, além de ser manequim, e já são 9 anos, também sou responsável pelo departamento masculino da Elite e sou finalista do curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova, além de outras coisas que faço. E tenho de me superar!