Aquilo que sentiu ao saber que iria ser pai pela primeira vez é descrito por Mickael Carreira com poucas palavras. "É uma felicidade enorme, tens de passar por isso, para perceberes", garante. No entanto, nesse momento da entrevista do Fama ao Minuto com o cantor, a felicidade de imediato se notou no seu olhar. A conversa sobre o bebé, fruto do seu relacionamento com Laura Figueiredo, termina por aqui, mas muitos outros assuntos surgem.

O pai Carreira

Tony Carreira. A relação com o pai foi um dos temas abordados e, provavelmente, sempre será. Mickael carrega sobre as costas um legado que pretende manter no futuro. Os 'Carreira' representam uma das maiores influências musicais em Portugal. O artista confessa-nos que quando começou a cantar foi difícil descolar-se da imagem de 'filho de', mas acrescenta que, atualmente, essa comparação já não existe (tanto).

“Costumo dizer que na hora de encher uma sala como o Meo Arena ou o Coliseu, não é isso que te faz comprar um bilhete ou um disco. Evidentemente, que acaba por te dar uma notoriedade muito grande, há uma atenção muito maior no teu trabalho e eu acho que cabe a ti mostrares que tens o teu valor e que mereces o teu lugar. Acho que a comparação já não existe tanto, mas que é legítima, portanto não posso levar a mal”, argumenta.

O início do "puto de 20 anos"

Mickael recorda o tempo em que tudo começou. Era um “puto de 20 anos a começar o seu primeiro trabalho, e de repente, a fazer concertos”. E no meio de tanta agitação e de 100 concertos que deu logo na sua primeira digressão teve de aprender muito a custo. “Basicamente fui atirado aos tubarões. Já tinha alguma experiência, mas não tinha tanta para fazer tantas datas seguidas. Evidentemente foi uma escola. Eu costumo dizer que fui aprendendo pouco a pouco, a cada ano fui crescendo como artista, tudo isso foi um processo”, defende.

Garante-nos que não se arrepende de nada, até porque os erros fazem parte do seu trajeto, da sua história. A grande diferença em relação ao Mickael de há 10 anos? A resposta saiu pronta: “Mais maduro, mais decidido, mais seguro de si próprio”.

“E se acabasse agora a música, tinha um plano B?”, questionamos. O cantor não consegue colocar-se nessa posição. Para ele, o plano B seria sempre a música. Não se imagina a fazer outra coisa. Ainda assim revela-nos que durante a sua juventude ainda pensou ser advogado, mas que esqueceu a ideia.

Um presente ocupado com o futuro

A vida de Mickael é acelerada. Só este ano desdobrou-se entre a gravação do novo disco, gravações de The Voice e idas à América Latina. Uma agenda preenchida que o deixou desgastado. Por isso, adianta-nos que, neste momento, sente falta de tempo para descansar.

“Umas férias. Costumo ficar aqui em Portugal. Não tenho paciência para andar a viajar. Quando acabas por viajar muito com o teu trabalho, apetece-te ficar por cá. Há muitas coisas para conhecer no nosso país”, sublinha.

Mas não parece que seja agora que essas tão desejadas férias cheguem até porque o futuro revela-se cheio de projetos para Mickael. Um deles o filho. E a paternidade, sim, deverá ser de todos o maior desafio.