Fátima Lopes chegou aos 50 anos em grande forma. Novamente escolhida pelos leitores do “Correio da Manhã” como “a mulher mais sexy” do país, na categoria “Platina” (reservada às mais maduras), a famosa estilista contou ao Sapo Lifestyle o que lhe vai na alma.

Tem ideia da razão por que as pessoas a consideram uma mulher sexy?
Penso que tem muito a ver com a minha profissão. Gosto de pôr as mulheres bonitas e, ao longo da minha carreira, sempre fiz moda sensual. A minha moda nunca foi só para vestir – é para valorizar e para tornar as mulheres muito mais bonitas. Se calhar, de alguma maneira as pessoas identificam-me com a moda que crio. Pelo menos, gosto de pensar que é assim…

Encara esta vitória como mais uma ou todas são especiais?
Não sei se é a minha quinta vitória nesta eleição, mas desta vez tem mais graça por ser aos 50 anos.

Gosta deste reconhecimento do púbico?
Não posso dizer que este seja um objetivo de vida mas é simpático. Primeiro, porque há um júri que toma a decisão de nos nomear e, depois, porque há um público simpaticíssimo que vota e, pelo que percebi, vota muito. É evidente que sou agradecida a todas as pessoas que têm essa simpatia. É mais um prémio, mas este ano com a graça de ser aos 50 anos.

Fazer 50 anos é um marco?
Não. Para mim é mais um ano, sou daquelas pessoas a que não faz diferença nenhuma fazer anos. Não consigo entender as pessoas que dão importância às datas. Na verdade, dos meus 49 para os 50 anos, passou apenas mais um dia…

Muitas pessoas aproveitam as “datas redondas” para fazerem um balanço das suas vidas. Isso acontece com a Fátima Lopes?
Não. Para mim, o importante é olhar para o espelho, gostar do que vejo e sentir-me bem comigo mesma.

E gosta do que vê?
Gosto. Gosto de viver, gosto do dia a dia, gosto de acordar bem-disposta com um sorriso na cara, gosto dos desafios. Temos é de estar preparados para os superar e a minha vida tem sido mesmo assim. Isso para mim é fascinante, não é um problema. Mais um ano? Ótimo! Venham mais. Espero viver, no mínimo, até aos 100!...

E o que vai fazer para poder viver um século inteiro?
Espero que a ciência o faça (risos). Mas tenho cuidados com a alimentação, faço exercício físico, não apanho sol direto na cara, ponho ecrã total e algo a tapar o rosto… Não há milagres! Temos de ter consciência de que, se queremos estar bem, temos que nos cuidar o ano inteiro e não ir ao ginásio apenas um mês antes das férias. Temos que gostar de nós sempre.

Aos 50 anos, sente-se uma pessoa realizada e preenchida?
Graças a Deus! Sinto que já não tenho que provar nada a ninguém. Conquistei muito mais do que alguma vez sonhei na vida e daqui para a frente quero divertir-me. O meu objetivo de vida é ser feliz. Ponto. Não é conquistar mais isto ou aquilo. Já foi. Agora é ser feliz, fazendo aquilo que gosto.

Sente-se uma mulher mais confiante?
Sem dúvida nenhuma. Acho que a idade nos traz, em primeiro lugar, sensatez e experiência de vida. Dá-nos um ‘know-how” que não temos nem aos 20 nem aos 30 e que, se calhar, começamos a ter aos 40. O problema é que quando nós realmente ficamos sábios já temos 100 anos e isto acaba… (risos).

E a cinquentona “mulher mais sexy” de Portugal continua solteira?
Isso é um assunto tabu! (risos) Digamos que dou cada vez mais importância ao lado familiar e ao convívio. Acho que todos nós precisamos de amor, evidentemente. Considero, no entanto, que não é um assunto para falar em público.