Aos 32 anos, a atriz concretiza o sonho de chegar ao público através do grande ecrã. E a experiência não podia ser mais feliz. Assume o papel de Rosa, a protagonista do filme «O Pátio das Cantigas», um remake de um clássico do cinema português que foi um dos maiores sucessos de bilheteira do verão de 2015. Antes do fim do ano, voltará a brilhar na tela na nova versão de outro clássico, «O Leão da Estrela».

«Esperei 11 anos por isto», desabafa Dânia Neto. Veja a galeria de imagens da produção que fez para a Prevenir e também o vídeo do making of para a capa da revista.

Estreou-se no cinema com o remake do filme «O Pátio das Cantigas». Estivémos a ver o trailer na redação ainda antes da estreia e, na altura, achámos-lhe tanta graça. As filmagens foram divertidas?

Acho que me diverti mais do que vocês. Foi um prazer enorme fazer os remakes destes clássicos portugueses. O elenco foi escolhido a dedo e todas estas pessoas, além de bons atores, foram colegas maravilhosos. Finalmente, consegui realizar o sonho de fazer cinema.  Esperei 11 anos por isto!

O que faz para manter o espírito alegre para a representação de comédia, mesmo quando não está tão bem-disposta?

Crio mecanismos que me fazem chegar às emoções, às sensações, àquilo que quero do personagem. Primeiro, imagino-o na minha cabeça. Depois, tento criar a sua antítese. Vou descobrindo as suas verdadeiras motivações e acabo por chegar ao objetivo.

Alguns estudos indicam que rir, mesmo sem vontade, ativa as áreas do cérebro responsáveis pela sensação de bem-estar. Constata-o no seu trabalho?

Isso acontece-me constantemente. Atualmente, interpreto uma personagem muito cómica na novela «Poderosas» [ transmitida pela SIC] e, por vezes, quando acordo, não sinto as baterias carregadas. Mas quando chego ao estúdio, tudo muda, o meu dia começa, verdadeiramente, com muita alegria e gargalhada.

As situações são tão despropositadas que é impossível não ser contagiada. Já quando estou a fazer drama, as coisas são mais tensas. Gravamos cerca de 12 horas por dia e, quando passo o dia a chorar, é difícil não me sentir deprimida.

Como foi crescer no Algarve?

Sou uma algarvia do monte e, para mim, o Algarve não é um destino de férias. É sinónimo de família e de regressar às raízes. Na adolescência, tinha uma mota que me levava a todo o sítio. O destino era, quase sempre, a praia que era, e é, acima de tudo, um sítio que me traz paz. As ondas do mar levam o meu stresse para longe.

Hoje, continuo a adorar nadar, mergulhar, fazer jogos e brincar na areia. Faz parte do meu ADN. Vivo perto do turbilhão da cidade, mas faço por preservar o contacto com a natureza.  Tenho de ter verde à minha volta, ouvir e sentir a natureza, pois é isso que me dá energia.

Como foram as férias deste ano?

As férias vão ter de esperar. Conto descansar no final do ano, ainda que nessa altura tenha de estar disponível para participar na promoção de «O Leão da Estrela». Adorei a Tailândia e gostava de lá voltar.

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Está em excelente forma. Preocupa-se com o que come?

Uma boa alimentação é determinante, mas nesta fase da minha vida é complicado. Infelizmente, no estúdio, a comida é pavorosa.  A gordura abunda, os pratos são mal confecionados. Há dias em que consigo levar comida de casa senão é o caos. Sou um bom garfo, o que é um grande problema… (risos)

Mas compenso os excessos com wraps, vegetais ou saladas, pratos mais simples. Evito fritos, alimentos muito calóricos ou com demasiada gordura. Costumo optar por produtos light e biológicos. Faço, sobretudo, compras online e, assim, evito compras supérfluas.

Pratica exercício físico?

Gosto muito de fazer desporto ao ar livre mas é impensável, por exemplo, correr na rua sozinha. Prefiro a interação de uma aula de grupo em que tenho alguém a puxar por mim. Semanalmente, nado uma a duas vezes e tenho um personal trainer de reformer allegro, uma derivação de pilates que permite trabalhar o corpo como se estivesse no ginásio e, simultaneamente, ter uma consciência da postura corporal.

Sempre que possível, faço também uma aula cardiovascular, de cycling ou power jump. Permite-me eliminar o stresse, relaxar, cuidar do corpo e tonificá-lo. É a melhor forma de queimar calorias.

Texto: Carlos Eugénio Augusto