Porque só se vive uma vez, por precisarem de tempo para se
reencontrarem ou simplesmente porque não conseguiram convencer família e
amigos a acompanhá-los, são cada vez mais os viajantes que decidem partir em
descobertas solitárias.

Mas, contra muitas expetativas, estudos internacionais revelam que são sobretudo as mulheres quem mais se aventura a
fazê-lo por conta própria.

Segundo
Marybeth Bond, a especialista em viagens e responsável pela revista online The Gutsy
Traveler, 32 milhões de mulheres americanas viajaram sozinhas em 2010. Se o seu perfil
encaixa nesta estatística continue a ler este artigo... As informações que contém poderão vir-se a revelar muito úteis em futuras deslocações.

Os destinos mais
votados

Entre os membros da comunidade
online Independent Traveler, criada há cerca de 20 anos
nos EUA e atualmente composta
por viajantes do mundo
inteiro, os locais preferidos
para uma viagem a solo são
Alasca, Austrália, Canadá, Caraíbas,
duas cidades norte-americanas (Nova Iorque e
Las Vegas) e três destinos europeus
(Londres, Paris e Itália). Das quatro primeiras opções,
os viajantes destacam as paisagens
e o contacto com a natureza,
enquanto dos EUA e Europa
sublinham a oferta cultural,
a agitação noturna e o património
histórico. A segurança
e a forma como são recebidos
localmente são também
pontos a favor.

Europa e Brasil

O site Mundo das Tribos, um
dos mais vistos do Brasil, recomenda
duas cidades espanholas. Barcelona pela eterna
movida e Salamanca por ser
animada, acessível em termos
económicos e ponto de encontro
de estudantes do mundo inteiro. Londres e Berlim
são outras cidades europeias
recomendadas, pelo património
e pela impossibilidade
de alguém se sentir sozinho
em locais tão cosmopolitas. Em pleno Brasil, sugerem
Rio de Janeiro, por ser a eterna cidade
maravilhosa, Florianópolis,
pelas praias, e Búzios,
pela paisagem e vida noturna.
Em todas elas, garantem que
a simpatia dos habitantes fará
com que se sinta em casa.

Slow travel

O nome é em inglês, mas a
agência de viagens Slow Travel
For Women, criada por uma
norte-americana e uma canadiana,
está sediada em Itália.
O espírito que assumem é o
mesmo da slow food e a necessidade
que afirmam preencher
é a de inúmeras mulheres que
gostam de viajar sozinhas, em segurança.

Um dos programas
mais económicos
que oferecem é o pack
anti-crise e consiste
numa viagem de sete
noites a Veneza, Florença
e Roma. O pacote
inclui as viagens de
comboio e a estadia em
hotéis de quatro estrelas
com pequeno-almoço. Os
preços variam entre 720 e 900
euros e não incluem o voo.

Alugar um sofá

Se o seu estilo pessoal é o de
turista com poucos euros na
carteira, então pode aderir à
tendência couchsurfing, uma
rede instituída de pessoas que,
literalmente, alugam os sofás
das suas casas a quem se encontra
de passagem. Para evitar
riscos, a revista online GoMad
Nomad Travel Mag dá algumas
dicas aos viajantes que sigam
esta opção. Contacte apenas
potenciais anfi triões com fotografia e que tenham preenchido
todas as informações do
perfil.

Certifique-se que o anfitrião já tem referências e, sobretudo,
confie nos seus instintos. Se algo lhe diz para não enviar uma solicitação a determinado
anfitrião não o faça.
Por último, opte por ficar com
famílias, contactando-as antecipadamente,
para as conhecer
melhor. Se não se sentir confortável
num local, faça as malas
e dirija-se ao hostel mais
próximo.

Texto: Ana Catarina Pereira