Quando se chega à receção do Victoria Hoi An Beach Resort & Spa, o cenário é impressionante. Ao entrar neste hotel vietnamita, é impossível não ficar, de imediato, seduzido pelo azul do mar que se avista ao fundo. Enquanto efetuamos o registo, se virarmos os olhos para o lado esquerdo, em direção à majestosa porta por onde entrámos, não deixamos de reparar que estamos rodeados de água.

Entalada entre o rio Thu Bon e o mar que banha a praia de Cua Dai, a escassos quilómetros de Hoi An, uma das localidades mais pitorescas do Vietname, esta unidade hoteleira de quatro estrelas é uma das melhores da região. Com uma arquitetura inspirada numa aldeia de pescadores tradicional, tem um percurso de ruas estreitas com espaços ajardinados, pequenos lagos e estatuária de arte vietnamita.

Elementos que fazem a ligação entre as diferentes casas com telhado de barro que abrigam os 109 quartos e suites do empreendimento, o Victoria Hoi An Beach Resort & Spa é um daqueles espaços de onde nunca mais apetece sair. Modernas e funcionais, as habitações são confortáveis e estão decoradas em vários estilos. Além do vietnamita tradicional, existem divisões de inspiração japonesa e outras que recriam o gosto clássico francês.

Todas elas têm varandas com convidativas espreguiçadeiras mas a vista, apesar de sempre fabulosa e desafogada, pode variar. Há quartos com vista para o rio, outros que dão para o jardim e ainda outros com vista de mar, como aquele em que pernoitámos. Os mais pequenos, O Victoria River View Room e o Victoria Garden View Room, têm cerca de 34 metros quadros e custam cerca de 150 €.

Os quartos Victoria Deluxe, com vista para um espaço ajardinado, têm 36 metros quadrados e um preço que ronda os 185 €. O mesmo quarto com vista para o mar custa mais 15 €. A pequena diferença acaba por compensar, tornando a estadia ainda mais interessante e sedutora. Para ter uma noção dos diferentes espaços e ambientes, veja a galeria de imagens deste hotel.

Acordar com vista para o mar

Acordar com vista para o mar e sentar-se a observá-lo, a escassos metros, numa das espreguiçadeiras da varanda do quarto é uma daquelas experiências que nos ficam na memória. Quem pernoita numa Victoria Junior Suite, com cerca de 53 metros quadrados, banheira com jacúzi e chuveiro exterior, pode fazê-lo a saborear um café, uma vez que dispõe de uma máquina de café expresso no quarto.

O luxo maior está, contudo, reservado para a Victoria Suite, a preferida de muitos casais em lua de mel. Grande e romântica, tem uma área de 63 metros quadrados e um preço médio que ronda os 250 € por noite. Apesar do charme e do conforto das habitações, quem é que consegue ficar muito tempo no quarto quando tem uma envolvente de sonho, uma piscina exterior num cenário com palmeiras?

Uma imagem que merece figurar em tudo o que é site e revista de viagens e uma praia privativa, praticamente deserta, ali mesmo ao lado? Se ficar ao sol de papo para o ar é o seu ideal de férias de sonho, não se vai sentir defraudado no Victoria Hoi An Beach Resort & Spa, porque é tudo aquilo com que passa mais de metade do ano a sonhar. Entre um mergulho e outro, pode sempre dar lá um salto ao spa para relaxar corpo e mente.

O hotel que se inspirou numa aldeia de pescadores tradicional

Se gosta de atividades mais dinâmicas e interativas, a escolha neste resort do grupo hoteleiro Victoria Hotels and Resorts também é grande. Além de desportos de praia na areia, também pode nadar, fazer canoagem, praticar ténis num dos dois campos do hotel, ir ao ginásio ou pegar numa bicicleta e fazer-se à estrada, junto ao rio, em direção ao centro de Hoi An, como nós fizemos.

O hotel empresta gratuitamente bicicletas e, para não apanhar sol, até pode levar um dos típicos chapéus cónicos vietnamitas que os trabalhadores dos arrozais usam que encontra no quarto. Foi o que fizemos. Partimos à aventura e chegámos lá num ápice. O cenário é deslumbrante e a pequena localidade, uma das mais pitorescas e encantadoras do Vietname, como viríamos a constatar, uma verdadeira revelação.

As belezas imperdíveis da cidade mais pitoresca do Vietname

Cidade antiga mas bem preservada, confluência de gentes e de tradições, atravessada por vários canais, Hoi An é uma das joias do litoral centro do Vietname. Se tiver receio ou falta de vontade de partir à sua descoberta a pé ou de bicicleta, existem três outras formas irresistíveis e originais de lá chegar a partir do hotel mas, para isso, como não poderia deixar de ser, terá de abrir os cordões à bolsa.

Além de um barco privado que faz a ligação àquela localidade, por entre palmeiras, campos e uma paisagem agrícola cativante, pode optar por contratar uma das motas com sidecar do Victoria Hoi An Beach Resort & Spa ou ainda o carro antigo descapotável que é também já uma das suas imagens de marca. Independentemente da forma como lá chegue, será impossível não ficar fascinado.

O charme do centro histórico de Hoi An, declarado Património Mundial pela UNESCO, é inegável. Em tempos um dos mais importantes centros de transações comerciais do Vietname, a cidade integrou as rotas mundiais da seda, da porcelana, da canela e das plantas medicinais. Com as guerras dos séculos XIX e XX, perdeu importância económica enquanto entreposto financeiro.

Mas os traços arquitetónicos característicos das suas construções mantiveram-se praticamente intactos. Além de fazer um passeio de barco no canal maior e de percorrer ruas e ruelas, todas elas enfeitadas com os coloridos candeeiros típicos que, de noite, acesos, conferem ainda mais magia à localidade, não deixe de visitar a ponte japonesa coberta, construída pelos japoneses na década de 1950.

O hotel que se inspirou numa aldeia de pescadores tradicional

O templo dedicado a Thien Hau, sede da congregação chinesa da província de Fujian, também integra a lista das atrações turísticas imperdíveis, tal como o movimentado e sempre agitado mercado de frutas e legumes local, uma profusão de cores, cheiros e aromas, a casa típica Tan Ky e a capela da família Tran, edificada em 1802, com um impressionante telhado a imitar uma tartaruga.

Excursões de sidecar para ver… macacos!

Para além da imperdível, saborosa e muito atrativa gastronomia local, que pode degustar tranquilamente no L’Annam, o restaurante do Victoria Hoi An Beach Resort & Spa, de volta ao hotel pode ainda assistir a um espetáculo de dança tradicional vietnamita, protagonizado por bailarinos da companhia do exército local. Na altura em que lá estivemos, aconteciam às quartas-feiras e aos sábados.

Se, em vez de ver outros a dançar, prefere confraternizar com outros hóspedes e conhecer pessoas de outras culturas, um dos principais atrativos da maior parte das viagens, não precisa de ir muito longe para o fazer. Pode optar por um dos três bares à sua disposição, o Faifo Bar, o Cham Bar ou o Elephant Bar, depois de saborear um cau lau, o mais famoso prato de massas de arroz de Hoi An.

Muitos dos turistas que visitam o Vietname optam por fazer um circuito que contempla a passagem por várias cidades, (quase) sempre com estadias curtas. Para contrariar essa tendência, a administração desta unidade hoteleira resolveu criar uma série de pacotes promocionais de vários dias e noites, a preços bastante tentadores, como o que inclui uma viagem de sidecar até à famosa montanha de Son Tra.

Conhecida como a montanha do macaco, é uma reserva natural com cerca de 30 quilómetros quadrados que abriga mais de 300 espécies de plantas e muitos animais em estado selvagem, sobretudo símios de pequeno e médio porte. Outro dos pacotes em sidecar leva os hóspedes até à fronteira do Laos, passando pelas localidades de Hue e Tay Giang. Este passeio dura, em média, cinco dias e quatro noites.

É feito, em parte, por terrenos montanhosos e por estradas de terra batida, por entre paisagens que, de outra forma, os turistas não conseguem vislumbrar. Uma viagem ao Vietname profundo, aquele que não figura nos guias turísticos, que, seguramente, lhe ficará para sempre na memória. Desta vez, não tivemos possibilidade de a realizar mas, num futuro próximo, se surgir a oportunidade, não a deixaremos escapar…

O hotel que se inspirou numa aldeia de pescadores tradicional

Texto: Luis Batista Gonçalves