Uma sala com um sofá grande vermelho, dois cadeirões e uma mesa com uma orquídea. Dois quadros, um deles com uma esguia e sedutora figura feminina estilizada. Móveis de inspiração oriental. Uma mesa de vidro que também está preparada para servir de secretária, uma mesa de apoio com uma máquina de café e espelhos com ilustrações indianas. Estes são os primeiros pormenores que saltam à vista quando se entra numa das luxuosas e espaçosas suites do sedutor e cosmopolita Radisson Blu Edwardian Bloomsbury Street Hotel em Londres.

É maior do que muitos apartamentos da capital inglesa e o quarto da habitação segue a mesma tendência. A parede almofadada que o decora, num padrão florido em tons de vermelho, é um dos aspetos estéticos mais marcantes da divisão, a par da banheira moderna de inspiração vintage colocada aos pés da cama, separada por um corredor que a disposição da mobília cria naturalmente. A cama é king size, como não poderia deixar de ser.

A par do vermelho, o cinzento é outro dos tons que predomina, marcando a cor da colcha da cama e dos cortinados. As lâmpadas redondas em vidro conferem maior comodidade e personalidade ao quarto, onde não faltam revistas femininas e publicações de viagens, de lazer e de lifestyle. Na mesa de cabeceira, um moderno deck para iPod completa o cenário, contrastando com o clássico carrinho de madeira que serve para guardar as 12 toalhas de diferentes tamanhos arrumadas junto à banheira.

Apesar de sofisticadas, carimásticas e com coloridos distintos, as suites do Radisson Blu Edwardian Bloomsbury Street Hotel são simultaneamente práticas e funcionais, eficientes mas despretensiosas. São os pequenos detalhes que fazem a diferença, como é o caso dos produtos de higiene da Roja Parfums, com fórmulas desenvolvidas pela prestigiada marca inglesa Gilchrist & Soames, disponíveis em embalagens de 236 ml. Além do gel de duche, do champô e do condicionador, para que nada falte a unidade hoteleira disponibiliza ainda creme de corpo, sabonete líquido e creme de mãos.

Localizado paredes-meias com o deslumbrante British Museum, a agitada rua comercial de Oxford Street e o pitoresco mercado de Covent Garden, o Radisson Blu Edwardian Bloomsbury Street Hotel surpreende pelo ambiente requintado e urbano. No piso térreo, além de um luxuoso bar e de uma relaxante área de lounge, encontra-se o restaurante Steak & Lobster Bloomsbury, especializado em bifes e em pratos de lagosta. Apesar da unidade hoteleira não dispor de spa, dispõe de um ginásio e disponibiliza massagens e tratamentos no conforto do quarto, incluindo tratamentos e serviços de beleza como pédicure e reflexologia.

Um exclusivo deste hotel é a iniciativa Hidden Prologues, um projeto do jornalista e escritor britânico Sam Leith iniciado em dezembro de 2013 com a participação da escritora Joanna Trollope. Uma vez por mês, os hóspedes podem assistir a uma sessão de leitura e troca de impressões onde o profissional convidado lê excertos de uma das suas obras e fragmentos de um livro de outro autor que o tenha inspirado. O evento tem capacidade máxima limitada a 30 pessoas, sendo os nomes dos convidados anunciados previamente no site do hotel.

Com 147 quartos e suites, 86 quartos standard ou superiores, 75 quartos king deluxe, seis business class rooms e sete luxuosas suites, como aquela em que pernoitámos, esta unidade hoteleira do centro londrino é um bom ponto de partida para visitar a cidade. Não muito longe ficam os jardins e a praça de Russel Square mas a movimentada zona do Soho também não dista muito. O percurso pedonal entre o hotel e essa área da movida londrina vale pelos edifícios, pelas lojas e pelos monumentos que cruzam o caminho.

Numa ida a Londres, o Big Ben, a Tower Bridge, a roda gigante London Eye, a National Gallery e o Palácio de Buckingham são, a par do British Museum, pontos de passagem obrigatórios. Mas a vasta lista de atrações turísticas não se fica por aqui. Muito pelo contrário! Também inclui forçosamente uma deslocação ao Palácio de Westminster e às Houses of Parliament, ao Victoria and Albert Museum, à Torre de Londres, a Picadilly Circus e a Trafalgar Square, a famosa praça foi construída para celebrar a vitória naval dos britânicos na batalha de Trafalgar em 1805. Mais de 15 milhões de pessoas visitam o local todos os anos, tornando-a praça na quarta atração turística mais visitada em todo o mundo.

Há, no entanto, viajantes que preferem fugir das multidões de turistas de máquinas fotográficas em riste para se perderem em ruas e ruelas que só quase os locais frequentam. Se é o caso, troque a catedral de Westminster pela catedral de Southwark, um edifício religioso que foi, em tempos, frequentado em tempos por atores e onde está enterrado Edmund Shakespeare, irmão de William Shakespeare. Não muito longe pode também ver The Golden Hinde, uma réplica do navio de guerra do pirada Francis Drake, que viajou pelos mares do mundo entre 1577 e 1580. Mas há muito mais por explorar de mapa na mão…

Uma das paixões de quem visita Londres são as compras. Além das lojas e das superfícies comerciais exclusivas, como o mítico e sofisticado Harrods, os típicos mercados de rua também atraem multidões. Com as suas antiguidades e velharias, roupas e relíquias em segunda mão, o de Portobello é um dos mais procurados.

O Camden Lock em Camden Town, onde se encontra literalmente de tudo, é um dos maiores e mais diversificados. Menos mediáticos, mas igualmente atrativos, o Borough Market é mais especializado em comida e em bebida e o Brick Lane Market, na Old Truman Brewery, abriga peças de artistas e designers emergentes, nas redondezas de lojas de antiguidades e objetos vintage, daqueles que dão mesmo vontade de levar para casa no regresso.

Texto: Luis Batista Gonçalves