Uma equipa de investigadores da Universidade de Durham, em Inglaterra, analisaram o DNA de quatro esqueletos, demonstrando que os habitantes da cidade - fundada há quase 2 mil anos pelos romanos - já tinham origens multiétnicas.

Dois dos esqueletos encontrados pertenciam a pessoas nascidas fora da Grã-Bretanha: um homem do leste da Europa e uma adolescente proveniente da África do Norte.

"Duvidávamos se na altura dos romanos, Londres era uma cidade cosmopolita e hoje a ciência deu-nos a certeza disso. As pessoas que nasceram aqui trocavam ideias e culturas, tal como acontece atualmente", comentou Caroline McDonald, especialista no período romano do Museu de Londres.

Associada ao estudo, a Universidade de Durham analisou os isótopos estáveis a partir do esmalte dos dentes. Os investigadores enviaram à Universidade McMaster, no Canadá, um dente de cada esqueleto de forma a apurar o sexo, cor dos olhos, do cabelo e eventuais doenças de cada indivíduo.

O estudo - sobre os quatro esqueletos -  vai integrar uma exposição que será inaugurada na próxima sexta-feira no Museu de Londres.

"Pela primeira vez, um estudo permite ter uma fotografia detalhada dos habitantes de Londinium", destacou o museu sobre o nome romano dado à cidade. Apesar da sua etimologia não estar clara, acredita-se que "Londinium" teve origem na língua celta e fazia referência a um rio.