As Maldivas são o país com o território mais plano e de menor altitude do planeta. A capital, Malé, fica 90 centímetros acima do nível médio das águas do mar.

Estas ilhas poderão desaparecer dentro de poucas décadas, se não se tomarem medidas sérias para conter as alterações climáticas. São um excelente destino de férias, não só pela sua beleza natural mas também porque não envolvem grandes riscos, desde que sejam cumpridas algumas medidas de prevenção antes e durante a viagem.

Alimentação

O principal problema que pode surgir tem a ver com a água e os alimentos, já que não há absoluta confiança na
qualidade microbiológica da água local. Devem beber apenas água engarrafada e evitar a ingestão de bebidas com gelo, alimentos crus e/ou mal cozinhados. Os alimentos cozinhados são, à partida, seguros.

A gastronomia das Maldivas baseia-se no peixe e marisco que, estando frescos, não têm nenhum problema. Se duvidar da frescura dos alimentos, prefira preparados na forma mais simples possível, para perceber, pelo cheiro e sabor, se estão em boas condições. Em alternativa, substitua por um prato mais seguro, como sopa (sem carne, peixe, marisco ou ovos), pão, arroz ou fruta (descascada por vocês). Os pratos típicos são geralmente picantes e incluem coco e legumes, o que envolve o risco de diarreia do viajante.

Vacinas

Se tivere alguns cuidados, o risco de doenças contraídas através de águas e alimentos é reduzido, pelo não razão para fazer nenhuma vacina. Mas, se for provável falhar nestas medidas, então aconselho que façam as vacinas da febre tifóide e da hepatite A, que têm de ser prescritas por um médico e devem ser tomadas até duas semanas antes da viagem.

Nessa consulta devem também ser esclarecidos sobre a farmácia de viagem. Não existe malária nas Maldivas e os riscos de outras doenças transmitidas por mosquitos são reduzidos. Se viajar na altura das chuvas (que não são muitas) deve levar repelente, sobretudo para evitar picadas incómodas. O protetor solar é obrigatório e a vacina do tétano tem de estar válida.

Atividades

Deve haver muito cuidado nas atividades aquáticas, pelo risco de
traumatismos (os cortes nos corais são feridas difíceis de cicatrizar).
Não se esqueça que não pode fazer mergulho com garrafas nas 24 horas
anteriores à viagem aérea de regresso, pelo risco de embolia gasosa.
Existem câmaras hiperbáricas em serviços de saúde locais, próximos das
zonas hoteleiras.

Se houver algum problema e for necessário recorrer aos serviços de
saúde locais, os custos podem ser elevados, pelo que é aconselhável
fazer um seguro de viagem.

Nos passeios, tenha cuidado com os bens,
sobretudo nas zonas mais populosas. Sendo as Maldivas um país muçulmano,
é importante que utilize roupas discretas e que não exponha muito o
corpo quando estiverem fora do resort.

Revisão científica: Jorge Atouguia (médico, investigador e professor nas áreas de Infecciologia e Medicina Tropical)