Os campos do arquipélago de South Fyn, na Dinamarca, estão a ser invadidos por bangalôs de madeira que servem de abrigo aos visitantes locais. Nas últimas semanas, foram instalados 50 em 19 locais, no âmbito de um projeto de parceria, denominado «Os Abrigos junto ao Mar», desenvolvido entre a empresa de arquitetura Lumo Arkitekter e a Agência Dinamarquesa da Natureza. As cabines, que têm a altura máxima de 4,68 m e ocupam uma área que ronda os 25 m2, podem ser usadas como refúgio temporário.

Muito procuradas por desportistas, surfistas, turistas e até motoristas, as estruturas, que se assemelham às que integram o projeto norueguês «Abrigos nómadas», pretendem levar a população das localidades de Langeland, Aero, Svendborg e Faaborg-Midtfyn a aproveitar mais o espaço exterior. Inspiradas nos abrigos que os pescadores usavam para guardar o peixe capturado, estão disponíveis em cinco modelos.

Monkfish, o modelo maior, com três andares, inclui uma plataforma que permite a observação de aves. Os bangalôs Garfish, que podem abrigar até sete pessoas para dormir, têm sido usados para os piqueniques das crianças que têm visitado a região. Os da categoria Lumpfish têm capacidade para cinco pessoas e até integram uma sauna. O modelo Flounder, um dos mais simples e mais pequenos, é o mais procurado por casais.

Já o que foi batizado de Eelpout é, sobretudo, usado com casa de banho exterior. De linhas direitas e formas assimétricas, estes equipamentos, fáceis de instalar, foram construídos com materiais ecológicos. Além de madeira sem verniz, o exterior é revestido em telhas de madeira tratadas com óleo de alcatrão preto, uma substância que protege as estruturas das condições climatéricas adversas que as rodeiam.

Empresa de arquitetura dinamarquesa cria bangalós que servem de abrigo a visitantes

Texto: Luis Batista Gonçalves com Lumo Arkitekter (fotografia)