A imagem foi marcante e tornou-se viral rapidamente, apesar de não ter surpreendido os que a conhecem melhor.

Depois de casar com Alfonso Díez, numa elegante cerimónia de casamento na capela do seu palácio sevilhano de Dueñas, Cayetana Fitz-James Stuart y Silva, duquesa de Alba, deu ao mundo mostras da sua espontaneidade e alegria de viver quando começou a dançar sevilhanas.

As fotografias do momento percorreram o mundo, reforçando a ideia de que a milionária é uma mulher que não deixa ninguém indiferente. Numa tentativa de agradecer o muito carinho e atenção que recebe onde quer que vá, desde a sua amada Sevilha até aos mais exóticos destinos de viagem, a mulher com mais títulos nobiliárquicos de Espanha, que foi surpreendida pela expetativa e pela curiosidade dos leitores depois do êxito do seu livro de memórias «Eu, Cayetana», volta agora à carga para, ao longo de 208 páginas, revelar ao mundo como tem sido o seu dia a dia desde que cumpriu o sonho de casar-se com Alfonso, o terceiro duque consorte.

«O Que a Vida Me Ensinou» é uma compilação de memórias sobre o primeiro ano de casada da duquesa e inclui reflexões e conselhos sobre os mais variados temas, como o amor, a família, a religião, a tradição ou a elegância. Neste livro, a impressionante mulher que usa o título de XVIII duquesa de Alba partilha com os leitores os pensamentos mais íntimos e serenos, a partir da perspetiva única que lhe trazem as mais de oito décadas de uma vida ímpar e trepidante.

«Agora que desfruto de um tempo mais sossegado, pude recuperar a minha filosofia de vida. Como disse o poeta, confesso que vivi. Intensamente, concluindo que, depois de cada túnel escuro, que parecia interminável, voltei sempre a ver a luz. É isso que gostaria de transmitir com as minhas reflexões e com a minha experiência», justificou já publicamente Cayetana Stuart y Silva.

Nascida a 28 de março de 1926 no Palácio de Lira, em Madrid, foi a única filha do duque de Alba Jacobo Fitz-James Stuar e de María del Rosario de Silva y Gurtubay, marquesa de San Vicente del Barco. É a terceira mulher a usar este título por direito próprio e a segunda a dirigir a Casa de Alba, numa dinastia com mais de seis séculos de história. O rei Afonso XIII y a rainha Victoria Eugenia foram seus padrinhos.

Casou com Luis Martínez de Irujo, filho dos duques de Sotomayor, em 1947, na catedral de Sevilha. Desse casamento nasceram os seus seis filhos. Enviuvou em 1972 e, depois de um período de luto intenso e doloroso, voltou a casar, em 1978, com Jesús Aguirre y Ortiz de Zárate, de quem enviuvou em 2002. Casou pela terceira vez, em 2011, com Alfonso Díez, um amigo de longa data. Cayetana de Alba, como também é conhecida, estudou em Espanha, França e Inglaterra.

Fala cinco idiomas, é uma ávida colecionadora de arte e antiguidades e apaixonada por cinema e música. É também uma dedicada desportista, tendo vencido campeonatos de esqui e equitação. Desde muito nova que se dedica com paixão à pintura e ao flamenco. «É uma admirável bailarina, tendo estudado com alguns dos mais reconhecidos bailaores sevilhanos», refere a Editora Pergaminho, que publica o livro em Portugal, em comunicado.

Presença habitual em eventos da realeza e nas principais revistas cor de rosa espanholas, Cayetana Stuart y Silva dedicou a maior parte da sua vida e reconstruir e organizar o património da Casa de Alba, a par do seu incansável trabalho com as mais diversas instituições de beneficência. 11 de abril de 2014 foi a data escolhida para o lançamento e início de comercialização de «O Que a Vida Me Ensinou», traduzido por Duarte Sousa Tavares, em território nacional.

Livro Cayetana