Conhecidas vulgarmente por sardinheiras ou gerânios, os Pelargonium são plantas fáceis de tratar e florescem repetidamente durante longos meses. Por estas razões e por ser difícil resistir à beleza da sua floração, são as plantas mais comuns nas varandas e terraços portugueses. Originárias da África do Sul, das mais de duas centenas de espécies existentes, podemos destacar as quatro variedades que são presença habitual nos nossos jardins:

- Pelargonium zonale

É a mais vulgar e também a tradicional. O seu porte é ereto e lenhoso e as folhas são peludas e arredondadas.

- Pelargonium peltatum

Ideal para floreiras de pendurar em janelas ou varandas, dado o seu porte pendente. A variedade de flor singela é das mais exuberantes e com efeito espetacular, parecendo uma cascata de flores.

- Pelargonium graveolens

Com uma bonita flor cor de rosa na primavera e verão, esta planta destaca-se pelo seu aroma a citronela, repelente de mosquitos.

- Pelargonium grandiflorum

Planta de porte ereto com folhas perfumadas e bordas serrilhadas. As flores são grandes e muito decorativas. A floração mais exuberante ocorre na primavera.

Os cuidados de plantação a ter

As sardinheiras gostam de boa exposição solar para florirem com abundância. Em meia-sombra, as plantas tendem a estiolar dando menos flor. As variedades de Pelargonium zonale são as que resultam melhor com menos sol. O substrato deve ser fértil e com boa drenagem. O uso de argila expandida no fundo do vaso é muito importante. A propagação dos Pelargonium é fácil através de estacas desde a primavera até ao outono.

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Os cuidados de manutenção que estas plantas exigem

Para manter as sardinheiras floridas e saudáveis, deve fertilizar regularmente. Esta tarefa pode ter de ser empreendida várias vezes por ano, dependendo da qualidade do adubo. As regas devem ser mais frequentes no verão mas tenha atenção para não encharcar, porque o excesso de humidade leva ao apodrecimento das raízes. As pragas e doenças mais comuns são a ferrugem e a borboleta-das-sardinheiras.

Deverá atacar com fungicida ou inseticida ao primeiro sinal. Durante a época de floração, deverá podar ligeiramente as hastes mais compridas e as flores secas para promover maior ramificação e, consequentemente, novas flores. Um gesto muitas vezes menosprezado e que acaba depois por se refletir no desenvolvimento da planta.

Texto: Tiago Veloso (engenheiro florestal)