O afideo negro da fava, designado cientificamente como Aphis fabae Scopoli, é um inseto de cor negra e em forma de pera com cerca de 3,9 milímetros de comprimento, que vive em colónias, na página inferior das folhas.

Se, além de favas, tem cenouras, feijão, espinafres, ou outro tipo de legumes no seu jardim, talvez já o conheça de vista. O problema é livrar-se dele...

De seguida, damos-lhe a conhecer o essencial para poder combater esta praga de forma eficaz. Boa sorte!

O ciclo biológico da praga

Os ovos duráveis são postos no outono sobre as plantas hospedeiras. Nestes hóspedes primários estes insetos, cumprem varias gerações desde março até maio. Depois de nascerem em abril, a geração seguinte reproduz-se por partenogénese, resultando uma descendência feminina. Os afídeos podem reproduzir-se durante todo o ano.

As plantas mais sensíveis

Fava, feijão, cenoura, espinafre, ervilha e batata são as espécies mais suscetíveis de ataque. Mas o afídeo negro da fava também ataca pomáceas, citrinos e videira.

Os danos que causa

O ataque verifica-se nos rebentos novos dos ramos e nas folhas. O pulgão suga a seiva, injetando toxinas que vão enrolar e provocar necroses nas folhas e atrofia e deformação nas flores. As plantas muito atacadas têm desenvolvimento reduzido, podendo gerar a fumagina que cobre as folhas impedindo que estas elaborem a fotossíntese. O inseto também é perigoso, pois pode ser um vetor ou transmissor de vários vírus.

Como prevenir

Estes são alguns dos cuidados preventivos que deve ter:

- Elimine as plantas espontâneas

- Diminua ao máximo a adubação azotada

- Elimine a haste terminal da faveira

- Utilize plantas repelentes, como a hortelã pimenta, o alho, a cebola e nasturtiums (trapaeolum majus)

- Regue as folhas por aspersão

- Aplique placas amarelas autocolantes


Veja na página seguinte: Como combater esta praga

Como combater

A luta química biológica é um dos métodos a que pode recorrer.

Utilize óleos inseticidas, sabão de potássio, macerado de urtiga, agua de cozer batata-doce, infusão de tanaceto, rotenona, piretrinas, quassia e, em ultimo caso, pirimicarbe (tem menos efeitos secundários).

Pode também optar por uma luta biológica. Nesse caso, recorra a coccinelideos (joaninhas).

Sirfideos (pequenas vespas), crisopas e fungos entomoparasitas também são boas opções para se livrar desta praga.

Texto: Pedro Rau (engenheiro hortofrutícola)