As novas tecnologias têm a vantagem de trazer até nós (quase) tudo o que precisamos sem sairmos do lugar. Se gosta de arte e anda a pensar fazer um novo investimento ou se, pura e simplesmente, pretende mudar a decoração da sua casa, apostando numa peça contemporânea com um design atrativo que se poderá vir a valorizar, não vá mais longe. Seja numa pausa no trabalho, a saborear um café numa esplanada ou até deitado na praia, basta digitar o endereço certo e começar a ver. Estas são as quatro galerias de arte virtuais que deve visitar:

1. Shair Project

É uma espécie de eBay de arte, uma plataforma de partilha e comercialização direta, onde os artistas podem expor as suas obras de forma permanente. Chama-se Shair e é iniciativa de um dos principais mecenas culturais em Braga, o grupo DST. Tem mais de oito mil utilizadores registados e um catálogo de 700 artistas, sobretudo portugueses e espanhois. A ideia surgiu num concurso interno do grupo DST, que congrega empresas do ramo da construção, das energias renováveis e das telecomunicações. Mariana Gomes, hoje responsável pelo projeto, foi a autora da iniciativa.

«O grupo tinha um espaço no centro de Braga e lançou um concurso para encontrar um modelo de negócio rentável, dinâmico e associado à arte e cultura. Dei a ideia e foi aprovada pela administração», contou à Saber Viver em meados de 2015. Para aceder à plataforma, os artistas devem criar uma conta e submeter as suas obras. Depois, os trabalhos são sujeitos a uma pré-aprovação por parte de um curador e, passando essa fase, ficam disponíveis na área do site para votação.

«Qualquer pessoa pode votar nas obras. As preferidas e outras que são repescadas por um júri rotativo, passam para o leilão do site e são expostas na Galeria Emergentes DST em Braga», adianta Mariana Gomes. Os preços para a venda direta no site são definidos pelos artistas, incluindo os 30% destinados ao projeto Shair. «Temos obras dos 10 aos 5.000 euros», assegura.

«Os compradores tanto são empresas, como colecionadores ou pessoas que querem decorar as suas casas e que encontram neste projeto trabalhos únicos de artistas emergentes a preços acessíveis. É um investimento mais valioso do que comprar um quadro reproduzido em massa», explica ainda Mariana Gomes.

2. Drawing Box 

É uma empresa que, para além de outras atividades no domínio da reabilitação urbana, se dedica à venda de pintura, desenho e fotografia de artistas emergentes, portugueses e internacionais. Com a vontade de dar a conhecer os seus trabalhos, a Drawing Box criou esta plataforma que permite divulgar e vender as suas obras online. Com ateliê no Porto, aqui a base do negócio é a Internet. Na galeria online é possível escolher e comprar todas as obras e os interessados podem, inclusive, encomendar peças por medida dos artistas de que mais gostam.

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3. Centro Português de Serigrafia

Aqui pode encontrar gravuras, litografias, fotografias e arte digital a preços acessíveis, especialmente para quem é sócio. Todas as quotas, no valor de 39 euros por mês, são convertíveis em obras, isto é, o seu valor pode ser deduzido no preço original das peças, tanto dos grandes mestres portugueses do século XX como de jovens artistas emergentes.

4. Carré d’Artistes

Nas suas 25 galerias espalhadas pelo mundo estão representados 500 artistas, selecionados a partir de uma base com mais de 10 mil candidaturas. O valor das pinturas estão predefinidos e só variam em função do formato.

Texto: Rita Vaz da Silva