Fala-se muito desta abordagem médica, cada vez mais conhecida. Trata-se de uma terapia com mais de dois séculos que é utilizada como complemento eficaz da medicina convencional e, por vezes, em sua alternativa, como em certos casos de gripe, insónia e outros males que nos afectam frequentemente.

O termo «homeopatia» tem origem etimológica no grego homoios, semelhante, e pathos, doença – Tratamento pelos semelhantes. É considerada uma alternativa não-tóxica e eficaz aos medicamentos químicos.

Baseia-se na ideia principal de que para combater uma doença se pode utilizar a mesma substância muito diluída (em quantidades infinitesimais) que provocaria esse quadro clínico numa pessoa saudável. É o que se conhece como regra da semelhança, que Hahnemann, o pai da homeopatia, completou com a ideia da individualização terapêutica, segundo a qual uma pessoa é uma unidade formada por corpo, alma e espírito, pelo que a formação da doença só se pode explicar através da análise das características de cada paciente.

A homeopatia não se limita ao diagnóstico das manifestações físicas da doença. Tenta estudar o doente, incluindo as suas características, estilo de vida, hábitos alimentares, pressões laborais, situação familiar, etc.

Outro princípio básico da homeopatia é o da infinitesimalidade. Isto significa que se a acção da substância administrada for muito forte, o sintoma que se gera é mais nocivo e contrário ao que se espera, de maneira que a concentração do medicamento é o que determina se a sua acção é prejudicial ou estimulante. Por isso, a função do homeopata é administrar as doses adequadas.

Como actua?

A caixa de primeiros-socorros homeopática é constituída por plantas, minerais, substâncias animais e substâncias químicas em concentrações muito diluídas, normalmente com água ou álcool. Estas substâncias são diluídas, potencializadas ou dinamizadas
através da sucussão (agitação) para adquirirem a denominada potência homeopática.

Para além disso, é interessante saber que, tal como afirma a lei ou princípio da semelhança, aquilo que uma substância em doses ponderais (elevadas) pode provocar, pode também ser combatido quando se manifesta num doente, empregando essa mesma substância em doses reduzidas. Trata-se de utilizar a capacidade de defesa do nosso organismo, estimulando todos os processos intervenientes na protecção contra a doença. Uma das vantagens é a ausência de efeitos secundários nefastos.

Tratamento

As doenças agudas melhoram em pouco tempo, desde alguns minutos até algumas horas. As doenças subagudas, que duram mais tempo, requerem tratamentos de duas ou três semanas.

Algumas doenças crónicas precisam de tratamentos de vários meses e as de maior duração podem necessitar homeopático de vários anos. Portanto, é preciso ser-se paciente.

Os medicamentos homeopáticos melhoram as defesas, pois estimulam a homeostasia orgânica (processos de reequilíbrio fisiológicos) e eliminam os sintomas.

Contactos úteis

Sociedade Homeopática de Portugal
Telefone: 917 294 561
info@homeopatiaportugal.org
www.homeopatiaportugal.org

Texto: Fernanda Soares com Francisco Patrício (presidente da Sociedade  Homeopática de Portugal)