Abiã (noviço ou noviça): É a pessoa que começa a frequentar o terreiro como assistente, e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. São aquelas pessoas que frequentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, ou seja, frequentam como Assistentes. São os fieis da Umbanda, e não os iniciados.

Cambono (a) (o grande ajudante anônimo do terreiro): É quem tem todas as obrigações modestas do terreiro, é o grande trabalhador anônimo. Lembrando que o Cambono, ainda não é um iniciado, ou seja, não é feito no santo, é simplesmente um ajudante.

Yaô (filho ou filha de santo): Pessoa que se inicia na religião. É o verdadeiro filho ou filha de santo. É quem poderá cuidar do terreiro um dia ou fundar o seu próprio.

Yabacê (cozinheira de santo): É a encarregada de preparar as comidas ritualísticas da Umbanda e do Candomblé. É uma Yaô com uma função de prestígio. Sendo que, esse nível, é muito pouco usado na Umbanda, pois as oferendas de Umbanda, são feitas de maneiras bem mais simples do que no Candomblé, na maioria dos casos.

Yatabexê (solista): É a pessoa que tem como função, cantar para todas as Entidades durante o xirê (cerimônia) junto com os Ogãs Alabês.

Dagã: Filha mais velha em obrigações no terreiro. É que tem a função de despachar Exu antes do culto.
Ebâmi ou Ebamí: Filho de santo mais velho em obrigações; é quem tem a função de despachar Exu.

Nota: Ebâmi ou Ebami e Dagã, são o mesmo nível, o nome muda apenas devido à diferença de sexo.

Ogã Alabê: É o responsável pelo toque dos atabaques, pelas cantigas e pelo pé de dança, ou seja, são os Alabês que ensinam os Yaôs a dançar.

Ebâmi: Após sete anos de aprendizado como Yaô, o iniciado é levantado a ebâmi, isso é, poderá receber o Deká. É um Yaô com todas as obrigações completas.

Ogã Axogum: É quem tem o poder da mão de faca, ou seja, é quem tem autorização perante o chefe do terreiro e dos Orixás para realizar qualquer matança (sacrifício de animais).

Nota importante sobre os Ogãs: É importante notar que, os Ogãs Alabês e os Ogãs Axoguns, não incorporam, são feitos diretamente nesses níveis a pedido dos Orixás, e, não por vontade própria. É importante também notar que, tanto os Axoguns quanto os Alabês são Ogãs de igual forma. É importante salientar aqui que, os Ogãs são responsáveis pela organização e divulgação do terreiro, junto ao chefe do mesmo.

Yakekerê (mãe pequena): Substituta da (o) chefe do terreiro.

Babakekerê (Pai pequeno): Substituto do (a) chefe do terreiro.

Yalorixá (Mãe de santo): Maior autoridade feminina dentro da Umbanda.

Babalorixá (Pai de santo): Autoridade máxima na Umbanda. O Babalorixá, exerce as funções de Babalaô (mão de jogo ou mão de Ifá), Babalossaim (mão das folhas ou mão de Ofá) e Babaogê ou Babaogé (sacerdote de Egum). Após 21 anos de feitura, o Babalorixá, passa a ser chamado de Babalaô em muitos terreiros, apenas para demonstrar a sua experiência, pois já é conhecedor do Ifá, e é o tempo (14 anos) que o sacerdote tem, para se tornar um profundo conhecedor de teologia negra.

Babalaô (é o Pai de Santo, após 21 anos de feitura): Após 21 anos de feitura, o Babalorixá, passa a ser chamado de Babalaô. É onde é demonstrado o conhecimento bem mais aprofundado do sacerdote, pois este mesmo, após o recebimento do Deká, deverá se entregar totalmente a religião e a teologia. Lembrando que este nível, não é usado em todos os terreiros de Umbanda, e, são poucos os que usam.

Outros cargos, só que mais usados no Candomblé e, em certas nações

Cota (noviça): Nome dado a uma mulher que entra no terreiro com a intenção de se ingressar na religião. Geralmente a sua primeira obrigação, é ajudar a Iabacê ou a Ialorixá em pequenas tarefas. É como se fosse o Abiã, mas só as mulheres são chamadas de Cota, pelo menos até onde consegui pesquisar.

Jibonã: É a primeira pessoa (mulher) antes da chefe do terreiro (Ialorixá). Em alguns terreiros, essa graduação não existe, pois ela nada mais é, do que uma Iaquequerê vista com melhores olhos pela chefe do terreiro perante as outras substitutas.

Apetebi: Mulher filha de Oxum. Em muitos terreiros, é a única mulher que pode jogar os búzios. É muito raro se ver terreiros de Umbanda que usem este nível, porem nos terreiros de Candomblé, é muito comum, em algumas nações.
Ialaxé : Aquela que cuida dos axés dos orixás, como os pós, os pigmentos, as ferramentas, e os “temperos” das comidas sagradas

Babalaô: É quem faz o jogo de búzios, obís e demais adivinhações. Porém o Babalorixá, exerce esta função dentro da Umbanda. Sendo que na África, em algumas nações, e no Candomblé, ele tem maior poder que o próprio Babalorixá, sendo que quando o Babalorixá quer fazer um Yaô, ele recorre ao Babalaô para saber o Olóri e o Eledá do iniciado. O Babalaô, é o Babalorixá após vinte e um anos de feitura em muitos terreiros de Umbanda. É um tempo para estudos. Na África, a pessoa é preparada para ser Babalaô dês de criança, em uma vida repleta de sacrifícios e restrições.

Babalossaim: Homem responsável pela a colheita das ervas sagradas e pela preparação de remédios naturais a base de plantas. Também é um nível que não existe na Umbanda, existindo apenas em alguns Candomblés. Na África, este nível é de grande sacrifício, impedindo o sacerdote até de comer carne pelo resto da vida.

Babaogê ou Babaogé: Sacerdote de Egum. É o responsável pelo culto aos antepassados no Candomblé. Lembrando que esse nome pode variar.

Nota: Lembrando que os nomes, podem mudar de acordo com a nação do Candomblé, mas, exercem a mesma função, havendo, algumas vezes, pequenas diferenças devido a forma de culto de cada nação.
Por Pai Pedro de Ogum