Cada Runa corresponde a uma letra dos antigos alfabetos rúnicos - o mais antigo deles utilizado entre 250 a.C. e 500 d.C. - que foram os primeiros sistemas de escrita desenvolvidos e utilizados pelos povos germânicos. Todas tinham um nome e um som distinto, mas eram muito mais do que simples letras, com o sentido que hoje têm para nós. Cada Runa era considerada uma representação ideográfica e pictográfica de um poder ou de um princípio cósmico, pelo que escrever uma runa era invocar e direccionar a força que esta representava.

As Runas são uma poderosa ferramenta de auto-conhecimento, um veículo de comunicação de uma mensagem, que chega até nós por afinidade. Isso significa que o nosso próprio magnetismo na altura em que lançamos as Runas atrai a resposta certa, que vem assim, naturalmente, ter connosco. Resposta “certa”, é aquela que precisamos de ouvir num determinado momento. Tal implica que não existam acasos, nem respostas fortuitas.

Apesar das Runas serem poderosas, o seu “poder” não está nas Runas físicas, está nos arquétipos que estas representam. Estes símbolos, arquétipos da evolução humana, têm de ser revestidos de uma forma física para poderem ser manejados no plano físico, mas o que lhes dá vida não é isso.

As Runas funcionam como um espelho, que devolve uma imagem simbólica correspondente ao esclarecimento que pedimos. A Afinidade determina a qualidade energética das Runas que constituem a resposta, que depende também do nosso estado emocional e mental na altura, para que possamos compreender a resposta e beneficiar dela. É por isso que há sempre uma sensação de familiaridade nas respostas, como se de algum modo já soubéssemos o que elas nos dizem, ainda que não de forma consciente.

As palavras têm uma energia própria e o poder de transformar a (nossa) realidade. Os antigos povos germânicos sabiam disso, e no fundo todos o sabemos intuitivamente, porque reconhecemos que determinadas palavras escritas ou faladas têm o poder de mudar a nossa percepção sobre pessoas, situações e sobre a Vida. E isso é algo de intemporal, que as Runas nos permitem utilizar para crescermos em sabedoria e consciência.

Vera Vieira da Silva

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