Já começam a ser muitas as pessoas que, em conversa informal, me desabafam que numa consulta com o médico de família, por assuntos que nada têm a ver, lhes é dito que têm um ar depressivo, lhes perguntam se está tudo bem nas suas vidas pois estão com um ar depressivo, lhes são prescritos anti-depressivos porque estão com um ar depressivo...

A todas foi sugestionado e a algumas receitado, juntamente com os Brufen’s ou o antibiótico para uma inflamação da garganta, uma caixa de anti-depressivos e a uma delas inclusive, o médico perguntou se já se tinha visto bem ao espelho ultimamente pois estava com uma depressão profunda e tinha um olhar de muito sofrimento recalcado! Até comigo, há uns anos atrás, em desabafo com um médico sobre uma crise de pânico e a melhor maneira de lidar com o fenómeno, me foi aconselhada uma consulta urgente de psiquiatria e uma caixa de ansiolíticos!

O que é que é isto afinal???

Para além da minha, todas estas histórias são-me conhecidas. Todas estão a passar por processos de mudança de vida normais e comuns a todos nós, estão à procura dos seus equilíbrios como todos nós, têm dores e alegrias como todos nós, dias melhores e dias piores, como todos nós.

Mas pelo menos estas que conheço, têm algo de muito valioso que muitos outros na mesma situação ainda não têm; a consciência de que a sua felicidade não está dentro de uma caixa de comprimidos, a sabedoria de que são responsáveis pelo seu estado emocional e ferramentas para fazerem as mudanças que forem precisas de maneira a se re-alinharem com o seu centro de equilíbrio. E tal como Roma não se fez num dia, cada uma está a levar o tempo que precisa e consegue para as fazer.

E não é a isso que se chama viver ...?

Tenho perfeita noção de que existem casos limite, que há descompensações profundas que precisam de medicação e acompanhamento permanente ou mesmo internamento, mas não é desses que estamos aqui a falar.

Aqui estamos a falar da mulher ou homem normal com uma vida cheia, preso nos milhões de responsabilidades, que por ter caído na trama do sucesso social, colocou o seu equilíbrio pessoal e espiritual em risco e por isso, por consequência, a sua vida não é, no momento, um espelho de equilíbrio e felicidade.

A busca do equilíbrio entre a nossa vida social e o o nosso lado espiritual, entre o mundo interior e o mundo exterior, é um desafio a que todos nós estamos sujeitos.

Eu diria mesmo que é o grande propósito da vida.

Mais cedo ou mais tarde, todos iremos ser chamados a fazer ajustes internos e externos que, embora nem sempre sejam fáceis, são essenciais na busca pessoal do nosso farol.

É por isso importante lembrarmos que a dualidade é a nossa natureza e está presente em tudo na natureza e como tal este processo de lidar com a alegria e a tristeza é perfeitamente NORMAL e essencial na vida de todos nós.

A bússola que nos orienta rege-se precisamente pela tristeza e pelo entusiasmo, mostrando-nos claramente desta maneira, os caminhos a evitar e os caminhos a seguir.

Como poderemos então fazer escolhas de qualidade, distinguir o que faz SENTido e o que não faz SENTido se a nossa bússola do SENTir está bloqueada com medicações?

A nossa passagem pela Terra é, na perspectiva espiritual, uma viagem emocional de experimentação de todas as emoções. É um constante subir da escada que nos leva do medo até ao amor incondicional. O processo de evolução Karmico convida a que cada um de nós seja responsável pelo estágio em que se encontra assim como lhe caberá apenas a si, subir para estágios mais elevados.

A que propósito então o ser humano aceita tomar drogas que o impedem de fazer esta viagem?

Desde quando então é que sentir emoções é um estado de doença?

Desde quando é que o ser humano passou a achar que precisa de remédio para a tristeza?

Desde quando os senhores da ciência médica têm a liberdade de fazer este tipo de diagnóstico e de sugestionar quem não conhecem?

Quantos diagnósticos não serão apenas projecções de dramas próprios?

Desde quando, salvo claro casos extremos, a simples tristeza, nostalgia, melancolia ou luto são doenças com necessidade de medicação?

Desde quando alguém olha para alguém e num encontro de 10 minutos receita fármacos sem qualquer análise mais profunda da pessoa?

Tenho um imenso respeito e admiração pela comunidade cientifica pelos progressos feitos nos últimos cem anos e tenho vários médicos como grandes amigos, mas como a dualidade está presente em tudo na vida, também nesta área iremos encontrar a luz e a sombra.

Pior do que vermos tantos médicos a fazerem os seus negócios farmacêuticos, sem qualquer ética ou moral do mal psicológico e fisiológico que estão a causar, é percebermos que por trás da bata branca se esconde também um ser humano, provavelmente tão ou mais desconectado do seu centro de equilíbrio do que o próprio paciente, a prescrever a outro ser humano a mesma droga que ele próprio toma;

A repressão da sua essência!

Tenho sido a feliz testemunha de muitas pessoas que, ao darem inicio aos seus processos de mudança profunda e resgate do seu poder pessoal, são as primeiras a querer largar as medicações que as adormeceram durante anos.

De facto, quando vivemos sob um tenso papel social em anulação da nossa essência única e criativa, a vida torna-se difícil, deprimente e as consequências karmicas dessa traição interna ainda vêm escurecer mais o cenário.

Mas quando percebemos que está na nossa mão mudar a nossa energia e nos atrevemos a fazer o realinhamento perdido, percebemos que dentro do nosso caldeirão emocional onde está a tristeza, é onde se esconde a alegria, a vontade de viver e o poder pessoal.

A ignorância em relação ao nosso processo de vida, da viagem interna e espiritual que viemos fazer, é o que nos leva a estes infelizes, infantis e perigosos esquemas de fuga.

Chegou o tempo de sairmos do papel da vitima passiva e impotente de uma sociedade doentia (que somos afinal todos nós) e resgatarmos o poder de fazer alguma coisa.

Responsabilidade é então a grande palavra chave para mudarmos a nossa vida. Não a responsabilidade social de sermos bons cidadãos, mas sim a responsabilidade Karmica pelo estado da nossa energia, pelo rumo da nossa história e pela nossa felicidade.

Está à vista que muitos não só perderam a noção de que fizeram más escolhas como perderam a noção de que podem ainda fazer novas escolhas...

Resgatemos então a responsabilidade pelo que nos faz bem, pelo que nos faz sentido, pelo que nos devolve energia, pelo que vem parar à nossa vida, atraído pela nossa energia, pela capacidade de colocar limites ao que nos ofende ou não tem qualidade ou nos rouba a liberdade de sermos a mais elevada versão de nós próprios.

Viver é uma arte. É um processo único e individual. É a vivência da dualidade com todos os seus desafiantes opostos.

A diferença entre os felizes e os infelizes é a de que os felizes quando eram infelizes, perceberam que eram eles que tinham que assumir a a responsabilidade pela sua infelicidade como consequência de más escolhas passadas e decidiram voltar a ser felizes, fazendo escolhas novas e de qualidade.

Se te identificaste com as histórias deste texto, se vives dependente de medicação prescrita sem uma profunda análise da tua história, se o teu problema é um imenso vazio, uma dor na alma, uma desorientação no rumo da tua vida, um questionamento de quem afinal és ou o que andas cá a fazer, considera que a tua cura começará a acontecer quando levares a sério uma mudança interna que claramente tens vindo a resistir. A tua cura começará quando ganhares consciência da tua história espiritual e do teu passado Karmico, pois explicará muito do estado da tua vida actual. Virá quando resgatares o teu poder pessoal para fazeres novas escolhas. Virá quando voltares a confiar que a vida apoiará magicamente as tuas tentativas de reequilíbrio.

Não a encontrarás magicamente na caixa de anti-depressivos.

Nos dias que correm há informação e ferramentas disponíveis para que possas dar inicio a essa viagem consciente e bem acompanhad@.

O primeiro passo terá que ser o teu...

Atreve-te a seres Feliz!

Vera Luz

 

 

Sobre a autora:

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.

Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.

Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.

 E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

-     “Regressão a vidas passadas”

 -    "Do Drama para o Dharma”

 -    "A cabeça pergunta a Alma responde”

-   “Acorda o Teu Poder Interior”

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