O que todos procuramos quando nos dedicamos de corpo e alma ao desenvolvimento pessoal e a todas as teorias que cruzam o nosso espaço de consciência?

Uma vida feliz, realizada? Amor? Realização profissional? Um relacionamento amoroso? Saúde?

Digamos que estamos a desejar algo que não temos?

Ou será que estamos a não desejar algo que temos?

A minha experiência tem-me mostrado que fugimos do agora com tanta veemência que perdemos a oportunidade de experimentar toda a realização e completude deste momento, do momento presente.

Desperdiçamos o silêncio que abraça este momento, obstruindo-o com todos os pensamentos sobre passado e futuro.

Pensamos que temos de pensar. Acreditamos que, de alguma forma, pensar é viver. Também acreditamos no inverso: deixar de pensar é morrer.

E, de certa forma, é. De certa forma, aceitar o silêncio da mente e não valorizar os pensamentos que por lá passeiam é morrer para um sistema de pensamento.

Contudo, o que está a morrer?

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A tendência de nos assustarmos com os nossos pensamentos? A tendência de sofrer com aquilo que já passou? A tendência de vivermos as ansiedades antecipadamente? A tendência de criar cenários horríveis e dolorosos na nossa mente?

Não é bom deixar morrer essas tendências?

E os pensamentos continuam a surgir: não sei como é viver sem essas tendências, não sei como é que posso não valorizar os pensamentos sobre os meus problemas, tenho que os resolver, não sei como não me preocupar.

Eu sei. Não parece fácil. Contudo, parece-nos ser mais fácil sofrer do que decidir por este momento, este AGORA, que possui em si uma paz inexplicável, um silêncio que conforta, o amor que verdadeiramente somos.

Este momento, sem a nossa interpretação de nada, deixando que tudo seja exatamente como é, permite-nos aceder a uma consciência mais ampla, serena e muito mais sábia.

Não estará na hora de parar de procurar por algo que possa melhorar a nossa situação de vida, de parar de procurar por algo que possa acrescentar mais informação à nossa mente?

Não estará na hora de começar a descobrir, dentro de nós, neste preciso momento, O SER amoroso, consciente e que realmente VIVE em nós?

Apenas SER, neste momento?

Independentemente da situação de vida, independentemente de todas as mágoas que parecem aflorar. Aceitar tudo como é. Aceitar o que dói. Aceitar o que faz feliz.

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Deixar ser tudo como é agora.

É possível que a nossa resistência às situações de vida apenas as reforce na nossa experiência?

Será possível que a VIDA tenha planos bem mais felizes para nós quando nós entregamos os nossos planos à VIDA?

Se somos seres amorosos e unos com a VIDA, não será um ato de confiança em nós mesmos deixarmo-nos ser como somos, AGORA?

Quando nos permitimos fazer isso, não há nenhum sítio para onde ir, nada para fazer, além deste momento. A Vida desenrola-se através de um agora intemporal, através deste espaço de silêncio observador.

Ângela Vieira
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