Nunca antes se falou tanto em mudança como nos dias que correm. E mais do que se falar, cada um de nós é a prova viva de que tudo muda a cada ano, mês e dia que passa a uma velocidade estonteante. Tanto a nível exterior como interior. E se alguns ainda acreditam que o conceito de mudança é assustador e difícil de lidar, para outros ele é já uma benesse e uma experiência ansiada e bem-vinda.

Longe vai o tempo dos nossos avós em que o emprego era para sempre, o casamento era para sempre, os móveis da casa eram para sempre, as férias eram sempre no mesmo sítio, e mais uma série de “para sempres”.

Hoje é o tempo do “logo se vê”. Logo se vê como corre o emprego, logo se vê como corre o casamento, logo se vê se os móveis duram, logo se vê se há férias este ano.

Se desde há duas ou três gerações para atrás da nossa, a proposta era saber viver com a rotina, a estabilidade, o tempo a passar a um ritmo muito mais harmonizado com a Natureza, hoje a proposta é o oposto. A rotina a mil à hora está constantemente cheia das mais variadas surpresas inesperadas, não há estabilidade em área nenhuma das nossas vidas e o nosso tempo passou a ser gerido por horários, tarefas e com as variadíssimas solicitações electrónicas.

É natural a sensação de desconforto perante a mudança. Da mesma maneira que é natural chegarmos ao limite da saturação quando nos prendemos a situações rotineiras, previsíveis, aparentemente seguras mas vazias de entusiasmo e vida.

Há um lado em nós que precisa de estabilidade, que precisa de raízes, estrutura e chão seguro, sim. Mas também temos outro lado que precisa de aventura, precisa de sair da zona de segurança, precisa sentir a vida a correr nas veias quando enfrentamos o desconhecido. Precisa de sentir que é no desconhecido que nos ligamos ao divino, que sentimos aquela mão invisível que tanta falta nos faz dentro da zona de segurança.

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Basta assistirmos a um filme passado há cem anos atrás para vermos como é óbvia a mensagem e proposta dos nossos dias. Saber viver sem segurança e sem certezas, saber lidar com o imprevisível, saber seguir o impulso que nos pede aventura contra o nosso lado que prático que nos pede cautela.

Somos uma geração entre gerações. Já não somos da geração dos avós, da estabilidade e do “para sempre”, mas também ainda não somos da maravilhosa e prometida geração futura do Amor incondicional. Estamos no meio, entre duas realidades que bem poderiam ser de outros Planetas de tão diferentes que são. E por isso nos sentimos perdidos, instáveis, inseguros e ansiosos pelo “logo se vê”.

Não há pessoas só medrosas ou práticas e outras só aventureiras e corajosas. Todos temos os dois lados dentro de nós. Apenas um se revela com mais intensidade do que outro. Mas tanto a necessidade de segurança como de aventura é comum a todos. Dependendo do meio em que crescemos, da educação que tivemos mas principalmente da posição dos Planetas no nosso mapa astrológico, iremos revelar mais características de um lado ou do outro.

A mudança de que falo não se limita a mudanças físicas de emprego, de casa ou de país. Essas até que são relativamente fáceis de fazer perante o grande desafio de mudar as nossas crenças, ideias e emoções. Esse acredito sinceramente que é o grande objectivo do Universo para a humanidade neste momento e se não o fazemos por escolha de ouvir a nossa voz interior, estamos a fazê-lo à força e muitas vezes pelo sofrimento. A violência no mundo, as guerras e conflitos, os desastres naturais, a agressividade que ainda existe escondida nos relacionamentos com os outros, não é mais do que um espelho da violência que carregamos ainda muito, se não totalmente ainda, negada por nós.

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Depois de séculos a alimentar a máscara do ego, a agir, pensar e sentir para a manter, a acreditar que ela é quem somos, a proposta presente é simplesmente deixá-la cair. Nada fácil para quem ainda se identifica totalmente com ela.

Várias são as máscaras com as quais nos escondemos. O autoritário e arrogante, a vitima, o medroso, o bonzinho, o inseguro, o prestável, o cómico e muitas outras. Toda a atitude que não seja de abertura, de sinceridade, coragem, amor, sensibilidade e fragilidade, é uma máscara. A moeda de troca para resgatar a Alma é precisamente ir deixando cair a máscara do ego.

Chegou então o tempo da Alma trazendo consigo toda uma postura e atitudes diferentes. Chegou o tempo da sinceridade, da coragem, da sensibilidade, fragilidade e do Amor. Não o Amor romântico a que estamos habituados, mas do Amor simples e puro. Amor esse que é dado livremente e expressado das mais variadas maneiras e em todas as áreas da nossa vida. Chegou o tempo de falarmos a verdade e sermos honestos com as nossas emoções. Chegou o tempo de nos tornarmos mais sensíveis, de resgatarmos a compaixão pelas dores dos outros para podermos respeitar as nossas e que nos irá permitir o tão necessário perdão. Chegou o tempo da fragilidade, de reconhecermos que erramos, que não somos perfeitos, que uns dias estamos bem outros estamos mal e que pedir ajuda ou um simples abraço é um acto de coragem.

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Nada é por acaso. Tudo acontece por uma razão. O mundo não está perdido como se costuma ouvir tanto hoje em dia. Tal como um dia caminhámos para descobrir e experienciar o nosso pior, hoje a proposta é o caminho em busca do nosso melhor. Essa é a única maneira de equilibramos dentro de nós o enorme balde de emoções que carregamos.

Estamos a sair de séculos onde dominou a energia do medo, da manipulação, do julgamento e da culpa. Foi um tempo de foco na matéria, no mundo, na máscara e seu proveito próprio. Agora chegou o tempo de resgatar o que temos de melhor, do extraordinário que somos, da capacidade de amar, perdoar e mover montanhas quando nos ligamos à nossa Luz interior.

O grande e talvez maior desafio da mudança é mudar o foco do que estava fora para o que está dentro.

Ter a coragem de assumir a nossa sombra assim como a nossa Luz.

Sermos capazes de grandes e maravilhosas demonstrações de Amor tanto ao nível pessoal como humanitário.

Assumirmos de vez a essência de Amor que somos.

Somos os pioneiros de uma nova geração, de uma nova energia e estado de Ser. Somos os corajosos que escolhemos encarnar neste momento tão desafiante da história da Humanidade, para transformarmos este Planeta no Paraíso que pode ser.

Somos nós a dar o exemplo das mudanças que ansiamos para nós e para os nossos filhos.

Cabe-nos a nós abrir mão do controle e do medo e aprender a confiar num Universo sábio.

E como em tudo, é uma questão de escolha...
Namaste
Vera Luz

Veja no Sapo Zen a entrevista de Vera Luz sobre Regressão a Vidas Passadas

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.
Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.
Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.
E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros:

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”

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