Os últimos três anos foram um desafio no que toca a relacionamentos. Todos foram passados pela mais fina das redes e pela mais precisa das lentes. E se todas as áreas da nossa vida envolvem algum tipo de relacionamento, acabámos assim por sentir este fenómeno em todas elas. Todos, de uma maneira ou outra, fomos surpreendidos com o inesperado, com o impossível, com o que mais temíamos ou até com o que mais ansiávamos.

Desde Outubro de 2009 que o Planeta Saturno esteve na Constelação da Balança. Este posicionamento veio propor a todos nós, a um nível global, um crescimento, maturidade e tomada de consciência de todos os nossos antigos padrões de comportamento e atitude, dentro de qualquer relacionamento. Dependendo do mapa natal de cada um, podemos saber em que área de vida sentimos esse impacto com mais intensidade. E se todo o tipo de relacionamento esteve debaixo de lupa, todos sabemos que os que mais nos afectam acabam por ser os relacionamentos amorosos ou românticos. Ao ser nestes relacionamentos que projectamos as nossas maiores expectativas, acabam por ser os mesmos que nos criam as maiores desilusões.

Estes últimos três anos foram assim uma proposta de crescimento, de amadurecimento, de assumirmos a responsabilidade pela nossa felicidade dentro de nós e dentro dos nossos relacionamentos. Foi-nos dada uma maravilhosa oportunidade de trazermos a nossa verdade ao de cima perante o outro.

Através dos mais “curiosos” acontecimentos, eventos, circunstâncias, todos tivemos um convite da vida a mudar o que já não nos devolvia uma imagem maravilhosa de quem nos viemos tornar, ou de quem queremos Ser, dentro de um relacionamento. Todas as nossas fundações, as estruturas que criámos no tempo, acreditando que nos devolviam estabilidade, segurança e conforto, foram violentamente abanadas e postas em causa tal como o faríamos com qualquer máquina antiga que ainda insistimos em manter. Para a mantermos, precisamos primeiro saber se ainda funciona ou se vale a pena reparar.

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No entanto, nada disto é ou foi fácil...

Não é fácil admitir que aquelas que foram um dia, as mais bonitas histórias de amor, hoje já não o são. Não é fácil de admitir que aquela pessoa a quem um dia demos o nosso coração, hoje é a fonte das nossas maiores dores. Não é fácil assumir perante todos, inclusive os nossos filhos, que em prol da nossa felicidade pessoal, paz interior e respeito próprio, tivemos que abdicar de uma aparente estabilidade exterior e deitar abaixo uma estrutura que só quem está dentro sabe o quanto estava a ruir. E tudo isto sem sequer a garantia ou segurança de que algo melhor nos espera é bem melhor a não ser uma profunda e invisível intuição.

Muito são os mecanismos do nosso ego que constantemente nos impedem a nossa evolução e boicotam as tentativas da Alma em trazer mudanças que são sempre para o nosso bem. Nosso bem no sentido de crescimento, de auto consciência e em última analise, da nossa evolução. Acredito mesmo que para cada convite da Alma a uma saída da zona de conforto, o ego tem um milhão de mecanismos de recusa e defesa.

Digo, escrevo e repito várias vezes nos meus livros que esta evolução que todos tanto queremos, apenas acontece fora da zona de conforto. Logo, mais cedo ou mais tarde, e porque a nossa evolução é inevitável, surgem estes convites da vida a que mudemos o que for preciso para chegarmos mais perto da maior versão que temos de nós próprios.

A bem ou a mal...

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Raras são ainda as vezes que o fazemos por escolha. Lá havemos de chegar um dia. Por enquanto, o ego, lá no alto do seu trono, tudo faz para manter as coisas sob controle, previstas e certas do desfecho que mais lhe convém. Mas nem ele pode travar essa maravilhosa máquina inteligente chamada Universo que simplesmente tudo empurra para que essa evolução aconteça. E como tal, essas velhas realidades, essas bolhas “pseudo perfeitas”, mantidas sob elevadíssimos preços emocionais, começam a rebentar sob a pressão dos mais variados e impensáveis acontecimentos.

De repente, sem aviso prévio, cruzamo-nos com alguém que já não víamos há 20 ou há 200 anos, mensagens secretas são apanhadas sem querer, emails que nos fazem chegar a mais crua e nua verdade e claro, o Facebook a servir de base de reconexão entre nós e os nossos novos ou antigos laços Kármicos. Saturno em Balança veio-nos abrir a tampa de todos esses relacionamentos antigos, não só para que possam ser reconhecidos mas também para que possamos reflectir sobre quem fomos no passado, quem somos hoje e como os vamos levar uma oitava acima. Através desta plataforma social, muitos foram os que resgataram antigos relacionamentos que nos vieram testar a todos nos níveis. Durante este tempo de Saturno em Balança, as sensações de Dejá vu foram mais que muitas, a realidade passada e a presente misturaram-se o que levou muitos de nós ao desespero para entender o porquê de tantas sensações fortes.

Saturno sai da Constelação da Balança em Outubro de 2012 para voltar à mesma Constelação só daqui a cerca de 30 anos. O desafio agora é olhar para trás e analisarmos estes três anos que passaram. O que mudou, o que fomos nós a mudar ou onde foi a vida a mudar por nós. E mais importante ainda, como reagimos e o que aprendemos. Serão essas conclusões, decisões e a adopção de novas atitudes e regras no jogo dos relacionamentos que irá ditar daqui para a frente a qualidade dos relacionamentos que iremos atrair.

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Estamos por isso a viver ainda um momento nostálgico, algo triste pelo que “perdemos” mas excitante por pôr estas novas regras em práctica e viver o que já vivemos antes, mas agora numa oitava acima.

Sob os olhos do ego, os nossos relacionamentos acabam, mais cedo ou mais tarde, por se basear numa troca de bens e emoções, numa necessidade imensa de reconhecimento por parte do outro, de que o outro nos complete nas nossas carências, numa exigência constante de que o outro seja o que mais nos convém. É um disfarçado pseudo negócio emocional que funciona com base em energias de medo, manipulação, cobrança, culpa, sejam elas óbvias ou convenientemente negadas.

Sob os olhos da Alma temos relacionamentos livres onde o respeito pela individualidade de cada um é uma prioridade. O outro é, através da expressão da sua individualidade, alguém que desperta em nós não só as nossas sombras que precisam de vir à luz como o nosso maior potencial. Neste tipo de relacionamento não há devedores ou credores. O outro está presente livremente, por escolha própria e não por obrigação ou medo. É o entusiasmo e deslumbramento pela presença de alguém diferente que tanto vem acrescentar à nossa vida pela sua simples existência.

Como seres duais que somos, iremos sempre ser apanhados nas duas dinâmicas. Mas pelo menos já sabemos que são dinâmicas, que não somos vitimas, que o facto de sabermos que elas existem dá-nos o poder de escolher entre o que sentimos ser melhor para nós ou não.

Desejo sinceramente que os desafios destes últimos três anos tenham trazido grandiosas lições, que tenhamos aprendido a grandiosa lição de sermos verdadeiros com os nossos sentimentos e com os dos outros e que possamos viver daqui para a frente cenários mais bonitos e elevados no que toca ao Amor...

Namaste
Vera Luz

Veja no Sapo Zen as entrevistas de Vera Luz:
Regressão a Vidas Passadas

Cabeça VS Alma

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.
Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.
Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.
E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”

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