A INVEJA FAZ MOVIMENTAR A APTIDÃO PARA UM DOS PRINCIPAIS PRODUTOS MAIS LETAIS E MENTAIS DO MUNDO…

Como a maioria dos ocidentais já sabem, o fundador do Budismo neste mundo foi Siddhartha Gautama, o Buda Shakyamuni, que viveu e ensinou na Índia há cerca de dois mil e seiscentos anos. Desde então, milhões de pessoas ao redor do mundo têm seguido aquilo que designam ser o “Puro Caminho do Meio” que ele para toda a gente revelou.

Buda, o Iluminado, elucidou que todos os nossos dilemas e sofrimentos surgem de estados mentais confusos e negativos, e que toda a nossa bem-aventurança e “boa sorte”, despontam de estados mentais pacíficos e positivos para nós mesmos e para toda a humanidade.

Todavia, um dos grandes e maiores males do mundo é a inveja, e ela está presente em nossa vida diária e, com toda a certeza, esse malefício de algumas mentes (na maioria dos casos ignorantes) estará sempre presente na vida de qualquer ser humano, particularmente quando ele se destaca em apreço e mérito da maioria dos comuns mortais que com ele possam comunitariamente coabitar.

Adentro de alguns Ensinamentos do Budismo de várias Escolas Budistas, constam catorze actos que nenhum ser humano deverá fazer. Dentro dessas catorze condutas, o décimo cita que se estivermos praticando a Filosofia Budista correctamente, não devemos fazer nada de forma desacertada. Porém, já nos quatro últimos actos ou regras consta que, se estivermos fazendo a prática correta que ensina a Filosofia Budista, temos sempre a probabilidade de cometermos alguns desses erros pela nossa característica de sermos humanos. Dentro desses quatro actos últimos, um deles cita que mesmo praticando correctamente, existe a probabilidade de sentirmos inveja de uma outra pessoa que pratica conjuntamente connosco um determinado trabalho, até com um colega da prática budista. E esse é realmente um dos maiores problemas dentro do exercício budista em qualquer vida que abraçou esse apelidadoe já tão conhecido “Caminho do Meio”.

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Como por todos pode ser reconhecido, é muito evidente que cada pessoa é diferente da outra, mas, mesmo assim, todos nós temos a mesma vontade de buscar a Iluminação Interior. E isso, porque o Estado de Buda, ou Iluminação, não está fora, mas dentro de todos nós.

Assim os Cristãos acreditam que “Deus” é salvador, o que é, deveras, bem diferente do Budismo. Relembrando: o Senhor Buda disse que dentro de cada um de nós existe o Estado Búdico, mas ele não descreve de forma detalhada o que será este Estado de Buda. Mas poder-se-á dizer, que é o momento em que nós sentimos uma felicidade imensurável, e que, por mais que sobrevenham coisas más connosco, a nossa felicidade não se abalará.

Por exemplo, e este é um dos aspectos que tem a ver com a directa abordagem do assunto deste artigo, quando não sentimos inveja ao encontrarmos uma pessoa que tenha uma vida financeira melhor ou possa ter mais sucesso do que nós mesmos em alguma área da vida corrente, e quando nós não nos sentimos superiores a uma pessoa que possa encontrar-se numa condição subalterna. Portanto, mesmo que aconteçam coisas hostis, conseguimos conduzir a vida sem pararmos ante a inveja de quem quer que seja.

Ainda em relação à inveja, quando alguém a sente é porque está normalmente em contacto directo com outras pessoas que possam despertar-lhe esse sentimento tão funesto e tão classificadamente perigoso, pois, normalmente, é como se fosse um “bumerangue” volvido contra a própria pessoa que alimenta esse “veneno” letal dentro do seu coração.

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Realmente todos os indivíduos são, sempre bem distintos uns dos outros, e por existirem essas diferenças, é que há a inveja. Mas, o pior de tudo, é que a inveja subsiste entre os “pares”, ou seja, entre pessoas que parecem ter a mesma ideologia, que partilham das mesmas crenças, querendo cooperar com os mesmos manifestos e, nomeadamente, compartilhar dos mesmos ideais de vida e de entrega à causa comum, como é o caso da Filosofia Budista que, de forma algo medonhamente custosa, tenho encontrado no meu caminho terreno ao longo já de tantos anos de marcado, abnegado e confirmado labor em prol dos Seres Sensíveis e Sencientes. Mas, e isto não podemos esquecer, sabemos que, quando começamos a manifestar o Caminho de um Bodhisattva, isto é, a trilhar os passos do Estado de Buda interiormente nas nossas vidas é, nesse particular momento, que podemos ser vítimas da inveja dos nossos “afeiçoados” e próprios “discípulos”.

Claramente, o Senhor Buda ensinou métodos para, gradualmente, transpor as mentes com raiva, inveja e ignorância e desenvolver concepções como o amor, a compaixão e a sabedoria. Desta maneira, podemos sem, sombra de dúvida, experimentar a paz e a felicidade perduráveis, mesmo ante todos os ataques e injúrias que nascem sempre da ignorância que inventa e tudo diz sem “nada transmitir”… Estes métodos funcionam para todos, e para qualquer idade, e em qualquer país. Uma vez que nós próprios tenhamos adquirido a experiência destes métodos, podemos transmiti-los para outros que poderão, também, desfrutar dos mesmos benefícios.

É preciso não esquecer, que o estilo de vida Budista - Paz, Amor Incondicional, Compassividade e Sabedoria - é tão importante hoje quanto na época em que Buda surgiu na antiga Índia.

QUE TODOS OS SERES SEJAM FELIZES

Carlos Amaral

Veja as entrevistas com o autor no Programa SAPO Zen:

Convidado Carlos Amaral

O Autor:

  Carlos Amaral, Venerável Lama Khetsung Gyaltsen

Mestre em Naturopatia;Especializado em Medicina Ortomolecular; Medicina Homeopática; Medicina Homotoxicológica; Medicina Ayurvédica e Tibetana;Doutorado em Religiões Comparadas e em Metafísica;Investigador em Psicologia Transpessoal & Regressão Memorial;Professor de Budismo, Meditação Tibetana, Raja-Yoga, Kryia-Yoga e Karma-Yoga; Autor e Palestrante.

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