Efectivamente, não parecem existir razões lógicas que façam supor que apenas as posições dos planetas possam justificar a sua influência. O mais lógico é que tenhamos que socorrer-nos da existência de algum tipo de radiações e utilizarmos o estudo do espectro electromagnético, já que pensar apenas na luz visível, seria um grave erro, já que, esta é apenas uma porção mínima da totalidade do espectro. Por baixo dos limites visíveis, temos os raios ultravioleta de longitude de ondas curtas, os raios X e gama, e, acima dos limites os raios infravermelhos e as microondas e ondas de rádio de todos os tipos. O espectro é muito amplo e a nossa vista é apenas sensível a uma pequena parte e, também não nos podemos esquecer que a atmosfera terrestre é, em grande medida, opaca e que só a luz visível e um certo número de raios infravermelhos e radiações de rádio podem atravessá-la.

O conhecimento humano acerca da energia do Universo, em forma de raios cósmicos, que são basicamente correntes de partículas, é muito incompleto, ainda que se pense que possam ter tido origem em explosões estelares.

Existe outra grande força, da qual há provas. Sabe-se que as galáxias exteriores ( as que se encontram mais para além das nossas), se afastam a grande velocidade, algumas a metade da velocidade da luz e segundo teorias mais actuais, os enigmáticos “quasares” ( quasi stars) poderiam estar a retroceder a mais de 90% da velocidade da luz. Por outro lado se a gravitação fosse a única força universal existiria uma contracção constante que conduziria à união desta matéria. O facto de que isto não aconteça, deve-se ao facto de que, outra força, conhecida com o nome de repulsão cósmica, cuja natureza se desconhece e que apenas sabemos que existe.

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A radioastronomia, ramo da ciência moderna, nasceu em 1931 e apenas em 1954, se descobriu que o planeta Júpiter era uma fonte de repulsão cósmica. A detecção dos raios X e Gama, provenientes do firmamento, é mais recente. Antes destes descobrimentos, a Astrologia não podia falar da influência destas vibrações e era fácil deixá-la em descrédito, mas hoje em dia essa posição deixaria muito que desejar.

A própria Terra possui uma magnetosfera protectora. O chamado vento solar atinge os limites da magnetosfera e cria uma onda de shock, de tal forma que a própria magnetosfera têm a forma de lágrima e a sua ponta está orientada ao lado oposto ao Sol. A maioria das partículas do vento solar não consegue atravessar esta fronteira e as que o conseguem , principalmente perto dos pólos magnéticos terminam nas zonas chamadas de Van Allen, zonas de radiação intensa descobertas em 1958.

Além desta protecção, a Terra possui a atmosfera. Na ionoesfera, zona que se estende entre os 60 e 100 Km sobre o nível do mar, existem várias capas ionizadas que barram o caminho a perigosas radiações de ondas curtas que, de outro modo, atingiriam a Terra impossibilitando qualquer tipo de vida.

Felizmente que a maior parte das emissões de longitude de onda larga ( a longitude de onda vai desde 100 cm até vários quilómetros, entre cresta e cresta), são detidas na ionosfera, assim como pequenas partículas sólidas, como os meteoros.

Sabemos que, os que nos encontramos na Terra, estamos em certa medida protegidos contra determinadas emissões de raios que existem fora da nossa atmosfera. Meteoros, raios cósmicos primários e emissões letais do espaço, não chegam a alcançar-nos.

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Mas, e a gravidade? A gravidade é uma força que não pode ser bloqueada e que afecta a todo planeta.

Quais são em realidade as possíveis causas dos efeitos em astrologia? São de muitos tipos as radiações que nos chegam desde o espaço e que são afectadas pelas posições de vários corpos celestes. Sabemos que quando o Sol se põe e fica abaixo da linha do horizonte, a Terra não recebe nenhum raio X ou ultravioleta, nem qualquer outro tipo de raio solar. As radiações de onda de Júpiter, não podem ser detectadas se Júpiter não estiver visível no céu e o mesmo acontece com as virações rápidas das estrelas de neutrões, como as que se encontram no interior da nebulosa de Caranguejo, que, se não estiverem na posição adequada, não podemos detectá-las. Assim como sucede com estes fenómenos, é lógico pensar que outras radiações, que desconhecemos, também sejam afectadas de forma algo semelhante.

Serão estas emissões que desconhecemos, a causa das influências astrológicas? Se considerarmos que do Universo apenas conhecemos uma ínfima parte e que, desta porção de Universo, parte daquilo que se sabe está baseado em algumas informações obtidas no espaço e, outras, são meras especulações, porque não afirmar que podem existir radiações desconhecidas para nós, que exercem a sua influência na Terra?
Pelo menos em Astrologia há séculos de estudo, que confirmam estatisticamente as influências de determinados planetas.

A descrença a que chegou a Astrologia no nosso tempo, em que pura e simplesmente para muitos cientistas a Astrologia não existe, é tal que, pouco a pouco, se devem desenhar novas perspectivas de estudo conjunto com o mundo científico, para aumentar o conhecimento de como os Astros influenciam a nossa vida.

José Arjones Maiquez