“Esta VMER era mesmo necessária. Nós em Portugal temos seis saídas de VMER por dia, nos vários locais, [e] esta, ainda estamos a meio do dia, e já saiu oito vezes”, salientou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

O governante, que falava no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), por ocasião da entrada em funcionamento da VMER, acrescentou que “a sua necessidade era real” e a viatura pretende “tornar mais capaz a resposta do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] nesta região”.

O secretário de Estado adiantou que esta é a 43ª. VMER no país, e que, em abril, deverá também ficar operacional outra para servir a zona do Barreiro-Montijo.

Fernando Araújo sublinhou ainda o esforço no aumento de meios do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Algueirão-Mem Martins e manifestou a confiança na concretização, ainda durante 2016, da construção de novos centros de saúde e “mais médicos de família”.

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), congratulou-se com a entrada ao serviço da VMER, tal como havia sido prometido pelo ministro da Saúde.

“Durante muito tempo, Sintra foi esquecida em termos de política de saúde, temos que o dizer com clareza, e ainda bem que, neste momento, está a ser lembrada”, afirmou o autarca, considerando que a VMER é essencial na resposta às necessidades das populações.

Para Basílio Horta, satisfeito por ver cumprido o lema “palavra dada, palavra honrada”, o município de Sintra aguarda agora que seja possível avançar com a construção de novos centros de saúde, principalmente em Agualva e Queluz.

A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), também considerou que a instalação da VMER “era uma necessidade urgente” e espera que a viatura seja dotada dos meios humanos para o seu funcionamento.

O presidente do conselho de administração do Fernando Fonseca e o presidente do INEM assinaram o protocolo segundo o qual a unidade hospitalar assegura as equipas que vão trabalhar na VMER.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu no início de fevereiro que o hospital de Amadora-Sintra já devia estar dotado, desde há cerca de quatro anos, de uma VMER e prometeu resolver a situação “no princípio de março”.

“O hospital Amadora-Sintra tem sido muito sacrificado, foi dimensionado para 300 mil habitantes e está a servir 600 mil. Nós temos de encontrar novas respostas”, salientou o ministro, após uma reunião com o presidente da autarquia sintrense.

A falta de uma VMER no Fernando Fonseca tem sido criticada, sobretudo na sequência da morte do ator José Boavida, com uma paragem cardiorrespiratória, em Queluz, que teve de ser assistido por uma viatura do Hospital São Francisco Xavier, apesar da maior proximidade da unidade que serve Amadora e Sintra.