Vagina vs. Vulva

Apesar de começarem as duas por V, a verdade é que há muitos homens que ainda confundem a vagina com a vulva, empregando de forma errada o primeiro termo.

Vamos por partes: a vagina é descrita como um canal muscular e elástico que vai dar ao útero e por onde passa o bebé durante o parto. A vulva, por outro lado, refere-se a todos os órgãos genitais femininos externos, incluindo a vagina. Ou seja, os lábios vaginais, monte público, a vagina e o clitóris compõem a vulva.

Ereções femininas

À semelhança do que acontece com os homens, as mulheres também conseguem ter ereções. O que acontece é quando a mulher está excitada o fluxo sanguíneo aumenta, concentrando-se no seu clitóris, que acaba por inchar e ficar ereto.

Não sobrestime o poder do clitóris

Não é à toa que o clitóris é considerado o órgão do prazer e uma das partes mais importantes do corpo feminino. Com 8 mil terminações nervosas, o clitóris normalmente é estimulado manualmente.

“Costumo dizer às mulheres e respetivos parceiros para se movimentarem e tentarem posições diferentes durante o sexo, de forma a estimularem o tecido em volta do clitóris e não apenas a parte superior”, explica a ginecologista Hilda Hutcherson em entrevista ao site Huffington Post.

Excitação nem sempre é sinónimo de lubrificação

“A lubrificação vaginal é daqueles temas que é mal compreendido pelos homens”, revela Hilda Hutcherson. Para a ginecologista, é importante que o sexo masculino entenda, de uma vez por todas, que existem vários fatores que podem contribuir para que a mulher não esteja lubrificada durante o sexo.

Os medicamentos, alterações hormonais, o período pós-menstrual ou até mesmo a idade podem fazer com que uma mulher, apesar de excitada, não consiga produzir o seu lubrificante natural.

“No início de uma relação, as mulheres ficam lubrificadas muito rapidamente devido aos químicos e hormonas que percorrem o corpo”, revela a ginecologista. “Mas após estarmos algum tempo com a mesma pessoa, esses químicos começam a baixar.”

A complexidade do orgasmo

Quando o assunto é sexo, outra das coisas que muitos homens não compreendem é que a grande maioria do sexo feminino nem sempre atinge o orgasmo com penetração. Uma realidade comprovada por diversos estudos e que faz parte do dia a dia de muitas mulheres.

“Os homens gostam de pensar que há algo dentro da vagina em que eles vão acertar e isso vai causar um orgasmo à mulher”, afirma Hilda Hutcherson. Mas a verdade está bem longe disso.

Tal como esclarece a especialista, o truque passa por os homens prestarem mais atenção à vulva, não se concentrado somente na vagina. O sexo oral, por exemplo, é uma boa forma de excitar a mulher antes de se passar logo à ação.

Se mudou de namorada, não espere que o sexo seja igual

Como se costuma dizer, não há duas mulheres iguais, e o que funcionava com uma parceira não quer dizer que funcione com outra. “As mulheres podem ter diferentes partes do corpo que são mais sensíveis do que outras”, enaltece Hilda Hutcherson.

Numa fase inicial, é importante que haja diálogo entre o casal e ambos falem abertamente sobre as suas preferências sexuais de forma a compreenderem como excitar o parceiro. Depois é só pôr isso em prática, experimentando diferentes posições. “É divertido explorar e ver o que proporciona prazer ao nosso parceiro e descobrirem a dois o que excita o outro.”

O famoso Ponto G

“[O ponto G] é uma área dentro da vagina que proporciona grande prazer ao sexo feminino, mas isto varia de mulher para mulher”, explica Hilda Hutcherson. E a verdade é que esta é uma zona que não é muito fácil de localizar, sendo uma experiência um pouco frustrante para alguns casais.

De acordo com a especialista é importante que o casal não desmoralize e transforme esta busca difícil em algo divertido. “É isto que torna divertido o ser humano. Experimentar coisas diferentes, manter a mente aberta e ser aventureiro o suficiente para compreender o que funciona melhor para ambas as partes”, remata.