Tal como dizia Blaise Pascal “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Toda a gente já teve relações desastrosas e deu por si a pensar: “Mas porque é que eu só me apaixono pelas pessoas erradas?”. Bem, ao que parece um grupo de cientistas da encontrou explicação para este fenómeno tão comum entre os humanos.

O estudo contou com 959 participantes, com idades compreendidas entre os 16 e 67 anos. Para além de questionar as pessoas sobre o seu passado amoroso, um dos objetivos passava por identificar distúrbios comportamentais nas respostas dadas pelos participantes e verificar a existência de traços patológicos na sua personalidade.

Tanto os homens como as mulheres eram patologicamente irresponsáveis, ou seja, que agiam sem pensar, levando a que atraíssem relações menos duradouras e tivessem mais filhos.

Outras das conclusões prende-se com o facto dos homens com tendências obsessivas compulsivas terem mais sucesso nas relações a longo termo do que as mulheres. “Apesar de serem egoístas, gostarem de quebrar as regras, serem imprudentes e rebeldes, estas pessoas também são corajosas, independentes e autónomas, vivendo vidas loucas e estimulantes”, revela o autor da pesquisa Fernando Gutiérrez sobre as pessoas com estes traços patológicos. “Isso cativa muita gente”, remata.

Mas há quem duvide destes resultados. Para Corinna E. Löckenhoff, psicóloga na Universidade de Cornell, os resultados podem não ser muitos viáveis.

“Os participantes podem ter exagerado no número de parceiros de forma a passarem uma imagem mais desejável de si mesmos”, afirma em entrevista à revista científica Scientific American. “Isto pode ser acontecer com indivíduos cujas personalidades os façam ser mais desonestos, uma vez que as normas culturais tem tendência em ver a promiscuidade mais favorável para os homens”, finaliza.